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“Para nós, é claro que temos uma enorme responsabilidade quanto a isso; trabalhamos com artesãos extraordinários, muitos dos quais aprenderam suas expertises com os pais. Nosso papel é fazer com que esse conhecimento seja transmitido às novas gerações, indo além dessas famílias e entrando também em instituições de ensino”, afirma. Em São Paulo para a reinauguração da butique da grife no Shopping Cidade Jardim (e também para conhecer mais de perto o mercado nacional – “no Brasil, o futuro está diante de nós”), Serge falou à Forbes sobre os contornos do luxo para o amanhã.
Forbes – O significado de luxo mudou com o tempo?
Há uma nova energia pulsante na marca. Como foi a chegada do estilista Kim Jones como diretor artístico?
Sinto como se ele tivesse entrado em uma família – e, de fato, entrou. A Fendi é, antes de mais nada, uma família. Mas não uma qualquer; costumamos dizer que se trata de uma família de membros escolhidos, de pessoas que não hesitam em se enriquecer com sangue novo. Os dois fundadores, Adele e Edoardo, tiveram cinco filhas: Paola, Anna, Franca, Carla e Alda, que assumiram o negócio. A decisão mais importante que elas tomaram foi a de adotar, em 1965, o então jovem estilista alemão Karl Lagerfeld, que trouxe sua criatividade e permaneceu na família por 54 anos, até o último dia de sua vida. Durante esse tempo, Karl adotou Silvia [Venturini Fendi], filha de uma das irmãs, que continuou a história e, por sua vez, adotou Kim. Pareceu perfeito, portanto, que a primeira de todas as decisões de Kim à frente da marca fosse a de adotar Delfina [Delettrez], filha de Silvia, como especialista em joalheria. Para mim, foi uma maneira muito bem-sucedida de se entrar na marca.
Mas como funciona quando o convidado da família é considerado um concorrente, como no caso da Versace, com a qual fizeram a coleção “Fendace”?
Reportagem publicada na edição 104 da Forbes.