Além disso, a exposição é um convite a uma imersão no modernismo, dado seu espaço de apresentação: a Casa Gerassi, projetada em 1991 pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha.
Em conversa com a Forbes, Osório contou como imagina um encontro entre as duas artistas. “Acho que seria um diálogo em volta de uma mesa, bebendo sangria (especialidade da Ione), comendo alguma coisa, lendo poesia e ouvindo música”. Confira a seguir.
Luiz Camillo Osório: Na Documenta de Kassel, de 2012, havia uma sala especial com as pinturas de Etel Adnan. Naquela época, eu estava começando a trabalhar na retrospectiva da Ione Saldanha, que realizei um pouco depois no MAM-Rio. De saída, vi semelhanças entre as duas artistas. Alguns anos depois, comentei sobre esse desejo com o galerista Guilherme, da Simões de Assis. Assim que a galeria adquiriu um conjunto representativo de obras da Ione, eles me ligaram e conversamos sobre essa possibilidade. Essa exposição é como um primeiro ensaio deste diálogo, com algumas poucas obras da Etel Adnan e dentro desta magnífica casa do Paulo Mendes da Rocha.
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O que elas têm em comum?
Como imagina que seria uma conversa entre as duas?
Acho que seria um diálogo em volta de uma mesa, bebendo sangria (especialidade da Ione), comendo alguma coisa, lendo poesia e ouvindo música. Se possível no jardim da casa da Ione, em Teresópolis, que ela cuidava com enorme capricho ou na casa da Etel Adnan, em São Francisco. Acho que seria uma conversa divertida.