Luana Sabino, à frente do premiado Metzi, ouvia que “gastronomia não é profissão””

A massinha de modelar que Luana Sabino usava nas brincadeiras era diferente das coloridas vendidas em lojas. “Era uma massa de pão, feita pelo meu avô, um português dono de padaria”, diz ela. Sua casa, aliás, era exatamente em cima da tal padaria e por isso boa parte de seus dias eram passados na cozinha, entre bolos e sanduíches. “Quando eu chegava da escola, eu ia para a chapa fazer meu lanche de calabresa com vinagrete.”

Luana, que entrou na lista Forbes Under 30 2022, está à frente do Metzi, que no ano passado entrou no ranking 50 Best que escolhe os melhores restaurantes da América Latina. A influência mexicana de sua cozinha veio da paixão pelos sabores do país e também por Eduardo Ortiz, seu marido mexicano e sócio nos pratos e caçarolas.

Ouça a entrevista:

Em uma casa no bairro de Pinheiros, em São Paulo, o Metzi mistura a culinária mexicana com ingredientes brasileiros e sazonais. “Meu pai tinha um dinheiro guardado e nos emprestou. Começamos sem sócios e sem investidores e abrimos no início de 2020, pouco antes do lockdown.”

“Gastronomia não é profissão”

Entrou no ensino médio pensando em cursar gastronomia, mas foi desestimulada pelos professores, que achavam que gastronomia não era profissão. “Fiz um ano de biomedicina sonhando que iria descobrir a cura do câncer, doença que tinha levado a minha avó havia pouco tempo”, diz. Mas logo deixou o curso e, no tempo que passou em casa, começou a cozinhar. Corrigiu a rota e se matriculou em gastronomia. Foi aí que sentiu que “virou uma chavinha”.

No décimo podcast da série “Forbes Under30 – A Jornada”, série de podcasts patrocinada por Johnnie Walker*, Luana Sabino conta mais da sua história, com “muito suor e poucos recursos” em detalhes. Assista ao episódio completo:

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