Mas os ciberhackers adoram.
“O risco de ser hackeado aumenta drasticamente quando você compartilha muitas informações sobre suas férias online”, diz Robinson Jardin, head de mídia social e digital para a NordVPN, uma empresa de software de segurança cibernética. “Quando se trata de cartões de embarque, o verdadeiro problema são os códigos de barras. Eles podem ser lidos por praticamente qualquer pessoa com software livre online.”
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Para os hackers, os melhores alvos são aqueles que compartilham seus cartões de embarque digitais. “É ainda mais fácil de ler se for uma captura de tela do próprio código de barras”, diz Jardin.
Até mesmo chefes de Estado podem cometer erros de segurança cibernética. Em 2020, o ex-primeiro-ministro australiano Tony Abbott foi hackeado dentro de uma hora depois de postar uma foto no Instagram de seu cartão de embarque da companhia aérea Qantas. Nesse caso, o hacker alertou Abbott sobre a potencial violação de segurança.
Mas a maioria dos hackers tem motivos perversos, principalmente quando se trata de credenciais de passageiro frequente. “Se um hacker pode acessar seus pontos de milhagem, pode ser bastante lucrativo porque os pontos não precisam necessariamente ser usados para outro voo”, diz Jardin, observando que muitos sites permitem que você troque milhas por vale-presentes de marcas, por exemplo. Depois que esses pontos são removidos da conta do passageiro e vendidos, eles são praticamente impossíveis de recuperar.
Um outro tipo de ataque é executado por meio de engenharia social. “O hacker finge ser da companhia aérea e envia um email ou liga para o passageiro, talvez pedindo detalhes do cartão de crédito para confirmar o voo de volta”, diz Jardin. “Ou o hacker pode ir na outra direção e ligar para a companhia aérea se passando pelo passageiro, fornecendo informações que estavam no código de barras do cartão de embarque para coletar ainda mais informações sobre o passageiro.”
Quase 85% dos viajantes americanos dizem que estão preocupados em serem hackeados durante a viagem, de acordo com uma pesquisa recente da NordVPN, mas muitos deles são alvos fáceis. “A maioria das pessoas reutiliza senhas”, diz Jardin. Isso é um enorme problema de segurança cibernética, considerando que milhões de pessoas tiveram suas informações comprometidas em violações anteriores. “Os hackers coletam nomes e senhas que vazaram e podem ser encontrados online, para que possam identificar quando as senhas estão sendo reutilizadas.”
“Essa é uma parte da segurança cibernética que as pessoas não conhecem”, diz Jardin. “E tem o potencial de causar muitos danos justamente por isso.”
(traduzido por Fernanda de Almeida)