Ele morava nos Estados Unidos quando descobriu o sonho da mulher americana: ter o mesmo cabelo bonito e saudável das brasileiras. Foi assim que Renato Antunes fundou a Braé Cosmetics, marca que nasceu em 2015 com o propósito de levar a beleza e a experiência dos cabelos das mulheres brasileiras para o mundo.
Na época, o primeiro produto da empresa foi um similar ao de uma marca americana que garante que os fios se mantenham saudáveis durante a descoloração. Após um ano, e sem concorrentes no Brasil, Antunes expandiu a marca para seu país natal usando a estratégia de direcionar a comunicação para os cabeleireiros. Em pouco tempo, os profissionais mais famosos do país começaram a divulgar a linha de forma orgânica.
Em 2017, após ouvir esses parceiros e clientes, a Braé começou a vender produtos para o varejo e para o consumidor final. “As clientes saíam do salão querendo levar o que foi usado no estabelecimento, e foi assim que lançamos a linha home care”, conta Antunes.
Atualmente, a marca está presente em 12 países, em mais de 25 mil salões de beleza e 5 mil lojas multimarcas, além de quiosques espalhados entre Rio de Janeiro e São Paulo. Ao todo, sete pontos físicos nasceram estrategicamente com profissionais que têm experiência em salões de beleza. “Quem vai até os quiosques tem uma consultoria técnica de como resolver o problema do cabelo, diferente do que acontece no e-commerce”, explica o fundador.
Em Nova York, a empresa também tem um ponto de contato diretamente com a cliente no The Boutique By Braé, salão de beleza exclusivo onde os profissionais buscam levar a experiência dos cabelos brasileiros para outras culturas. A expectativa da marca é expandir para outras cidades dos Estados Unidos.
O executivo aposta em um crescimento de 50% neste ano em comparação com o ano anterior, chegando a um faturamento de R$ 200 milhões. Para alcançar esse objetivo, uma das estratégias foi expandir o portfólio e lançar uma nova categoria, a primeira fragrância da marca: a Braé for Her.
Os planos para 2024 são mais ambiciosos: chegar a 50 quiosques próprios, nas principais capitais do Brasil, além de ampliar o portfólio em 50%. E a longo prazo? “Quem sabe a gente não expande da área de cuidado para o cabelo e se aventura no skincare?”, diz o executivo.
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