Pai do “O Menino Maluquinho”, seu maior sucesso, o artista criou vários outros personagens famosos, que ajudaram a construir o imaginário infantil de milhões de crianças brasileiras. Entre eles, “Turma do Pererê”, “Flics”, “Menino Quadradinho”.
Ziraldo parou de produzir textos e desenhos em setembro de 2018, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC). Seu estúdio, onde trabalhou durante 70 anos, instalado na zona sul do Rio, está sendo transformado no Instituto Ziraldo.
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Trajetória de Ziraldo
Mais velho de sete irmãos, Ziraldo Alves Pinto nasceu em 24 de outubro de 1932, na cidade mineira de Caratinga. O talento para o desenho ficou evidente logo cedo, pois o menino desenhava nas paredes das casas e das calçadas. Seu primeiro desenho foi publicado no jornal Folha de Minas em 1938, aos seis anos de idade.
Em 1957 Ziraldo formou-se em Direito pela então Universidade de Minas Gerais, atual Universidade Federal de Minas Gerais. Porém, ele nunca exerceu a profissão. Antes de se formar, em 1954, começou a trabalhar no jornal Folha da Manhã, atual Folha de S.Paulo, publicando uma coluna de humor.
Três anos depois migrou para O Cruzeiro, dos Diários Associados, então maior publicação impressa brasileira. E em 1963 foi para o Jornal do Brasil. Lá criou seus personagens mais conhecidos: a Supermãe e Jeremias o Bom, entre eles.
Um certo desencanto com a política e com o jornalismo fez Ziraldo testar um novo meio, a literatura infanto-juvenil, onde obteve um surpreendente sucesso. Em 1980 ele lançou “O Menino Maluquinho”, livro que contava a história do menino que “tinha o olho maior que a barriga, fogo no rabo e vento nos pés”. Mesclando textos e quadrinhos, a publicação se transformaria em um de seus maiores sucessos.
Ziraldo era casado desde 2002 com Márcia Martins. Tinha três filhos do primeiro casamento, com Vilma Gontijo: a cineasta Daniela Thomas (nascida Daniela Gontijo Alves Pinto), o compositor Antonio Alves Pinto e Fabrízia Alves Pinto.
*Com informações da Agência Brasil