Entre móveis, quadros e esculturas, SP-Arte também tem carros

30 de março de 2023
Foto: divulgação

Citroën DS 1973 do MoMA

Quem visita o Museum of Modern Art, em Nova York (EUA), se depara com nada menos do que oito carros clássicos: Cisitalia 202 GT, Ferrari 641/F1-90, Jaguar E-type, Porsche 911, Citroën DS, Volkswagen Fusca, Willys Jeep M38A1 e Fiat 500. Há também um Smart For Two, uma Vespa GS 150 e uma Vincent-HRD Series C Black Shadow.

Inaugurado em 1929 pelos nadadores olímpicos Aileen Riggin Soule e Johnny “Tarzan” Weissmuller, o Hotel Molitor, em Paris, era o lugar para ver e ser visto no verão. Foi lá que, em 1946, Micheline Bernardini, dançarina do Casino de Paris, apresentou ao mundo o biquíni, então uma ousadia tremenda. É o tipo de hotel que comporta várias expressões de arte. Uma delas é um Rolls-Royce Corniche 1984 autografado por vários artistas de rua, plantado bem no meio da recepção.

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Carro é arte, e não apenas no entendimento de museus como o MoMA e tantos outros, mas para a SP-Arte também.

Nesta 19ª edição – que até domingo (2) reúne no Pavilhão da Bienal mais de 150 expositores, entre galerias de arte nacionais e internacionais, estúdios de design, editoras, instituições culturais e espaços independentes –, a galeria BG27 destaca a exposição deeps (read backwords), que “explora o universo de carros icônicos da Porsche por um viés artístico, o que resultou em objetos, fotografias e serigrafias que transitam por temas diversos como cores, design de produto e design gráfico”.

Os objetos foram criados pelos irmãos Billy e Gabriel Sáez usando miniaturas de escala 1:43; quem assina as fotografias é o francês Julien Roubinet.

No estande DS22, a Artemobilia lançará o livro Lina Bo Bardi Design: O Mobiliário Dos Tempos Pioneiros 1947-1958. Mas quem promete chamar mais atenção é um Volkswagen SP2 roxo, que a galeria considera (com razão) um “veículo representativo do design automotivo nacional”.

Foto: Artemobilia / divulgação

Lançado há mais de 50 anos, Volkswagen SP2 está na SP-Arte

Apresentado pela primeira vez na Feira da Indústria Alemã, em março de 1971, o cupê nasceu sem a característica entrada de ar lateral, criada na versão de produção (iniciada em junho de 1972) depois que se verificou que o sistema original, embutido na parte inferior do para-choque, como extensão da característica faixa lateral que corta o carro, não refrigeraria o motor suficientemente.

Já a Mitsubishi, uma das patrocinadoras do evento, está lá com a “Splash”, obra de arte criada “para despertar nas pessoas toda a paixão e emoção do mundo off-road”. Na prática, é uma L200 Triton Sport inserida em uma instalação que representa as areias do ambiente fora de estrada.

Foto: divulgação

Mitsubishi L200 na instalação Splash, na SP-Arte