Como funciona o SUV elétrico chinês que não tem janela traseira

1 de maio de 2023

Polestar 4

Foto: divulgação

Polestar 4

Durante o Shanghai Motor Show, a Polestar revelou o quarto modelo em sua curta história como uma marca independente – antes de a Geely comprar a Volvo, a Polestar era sua divisão de carros esportivos. Assim como o Polestar 2, o Polestar 3 e todos os outros veículos futuros da marca spin-off da Volvo, o criativo Polestar 4 é um elétrico com viés para o desempenho, neste caso no formato de SUV cupê.

Quanto às dimensões, o Polestar 4 é surpreendentemente próximo ao 3, mas na verdade está em uma arquitetura totalmente diferente. Comparado ao 3, o 4 é cerca de 6,1 centímetros mais curto no geral, mas tem pouco mais de 1,3 cm a mais de distância entre-eixos. Também é um pouco mais largo e mais baixo.

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Para qualquer um que já dirigiu um dos SUVs cupê atuais, um dos maiores aborrecimentos do perfil inclinado da coluna C é o vidro traseiro que tem uma distância vertical notavelmente curta entre a borda superior e a inferior. O Volvo C40 Recharge é um excelente exemplo disso. Olhe para o espelho retrovisor e a visão traseira é mais ou menos comparável a olhar através de uma fenda daquelas caixas de correio, mas com apoios de cabeça traseiros bloqueando até mesmo muito dessa visão já reduzida.

Os designers da Polestar analisaram isso e decidiram: por que se preocupar com o vidro traseiro? Assim, a tampa traseira do Polestar 4 é completamente sólida, sem janela. Além de eliminar algo que não fornecia muita utilidade real, isso também elimina a necessidade de instalar um limpador traseiro, o que melhora a aerodinâmica, reduz o peso e a complexidade e é uma coisa a menos para quebrar.

No lugar do vidro traseiro, o Polestar 4 ganha um sistema de retrovisores com câmera traseira, recurso cada vez mais comum, mas obrigatório neste veículo. Embora a falta de vidro traseiro possa parecer que deixaria os passageiros do banco traseiro meio que soterrados, o vidro lateral se estende até os encostos de cabeça traseiros e um painel de teto de vidro completo é padrão. Opcional no telhado de vidro é um revestimento eletrocrômico que pode variar a opacidade se estiver muito ensolarado.

Enquanto o Polestar 3 manteve um pouco do estilo de nariz arredondado do Polestar 2, o Polestar 4 é o primeiro modelo de produção da marca a lançar o visual mais nítido que estreou no conceito Precept há alguns anos e será estampado nos futuros modelos da fabricante. Entre as mudanças visuais estão a separação das partes superior e inferior do que a Polestar está chamando de faróis dianteiros de lâmina dupla, mas são claramente transportados do visual de “martelo de Thor” dos Volvos.

No interior, os designers da Polestar também afastam lentamente seu DNA visual dos carros da Volvo e há mais materiais reciclados e de baixo carbono sendo usados ​​em toda a cabine.

Um dos desafios da reciclagem de componentes internos de veículos é que muitos deles são compostos de várias camadas de materiais diferentes que não são facilmente separados. Para o Polestar 4, os engenheiros contam com um único material de base para todas as camadas – portanto nenhuma separação é necessária.

O Polestar 4 estará disponível com configurações de motor simples ou duplo, usando uma bateria de 102 kWh na nova plataforma (SEA) desenvolvida pela Geely. As variantes de motor duplo produzirão 544 cv; com um motor, o Polestar 4 terá 272 cv e alcance de 480 quilômetros.

Destaque para o Supervision, painel de instrumentos de 10,2 polegadas que emula um ambiente virtual com os outros usuários da estrada ao redor do carro, juntamente com as informações usuais do veículo, como velocidade, estado de carga da bateria e autonomia

O Polestar 4 será produzido na Baía de Hangzhou, na China, a partir de novembro de 2023 e estará à venda no mercado chinês logo depois – e na sequência América e Europa.

Polestar 4
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Sam Abuelsamid passou a vida adulta trabalhando na indústria automotiva. Depois de se formar em engenharia mecânica, trabalhou os 17 anos seguintes em sistemas autônomos. Desde 2014 é analista principal da Navigant Research, cobrindo combustíveis alternativos, tecnologias avançadas de direção e veículos conectados. Também é co-apresentador do podcast Wheel Bearings.

(Traduzido por Rodrigo Mora).