Ele esperava obter algo próximo da autonomia anunciada do sedã esportivo elétrico: cerca de 567 km com a bateria totalmente carregada.
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“Estamos olhando para o alcance, e você literalmente vê o número diminuir diante de seus olhos”, disse ele sobre o medidor de autonomia do painel. Ponsin entrou em contato com a Tesla e agendou uma visita de serviço na Califórnia.
Mais tarde, ele recebeu duas mensagens de texto, informando que “diagnósticos remotos” haviam determinado que sua bateria estava em boas condições e, em seguida: “Gostaríamos de cancelar sua visita”.
O que Ponsin não sabia era que os funcionários da Tesla haviam sido instruídos a evitar que os clientes que reclamavam de baixa autonomia trouxessem seus veículos para manutenção.
A montadora implantou a equipe porque seus centros de serviço estavam sobrecarregados com agendamentos de proprietários que esperavam um melhor desempenho com base nas estimativas anunciadas pela empresa e nas projeções exibidas pelos medidores de autonomia dos próprios carros, de acordo com várias fontes familiarizadas com o assunto.
Os gerentes diziam aos funcionários que estavam economizando cerca de US$ 1.000 para a Tesla a cada agendamento cancelado, disseram as fontes. Outro objetivo era aliviar a pressão sobre as centrais de atendimento, algumas com longas filas de espera.
Na maioria dos casos, os carros dos clientes reclamantes provavelmente não precisavam de reparos, de acordo com as fontes familiarizadas com o assunto.
Os veículos da Tesla muitas vezes não alcançam suas estimativas de autonomia anunciadas e as projeções fornecidas pelos próprios equipamentos dos carros, de acordo com três especialistas automotivos que testaram ou estudaram os veículos da empresa em entrevista à Reuters.
Nem a Tesla nem o presidente-executivo Elon Musk responderam a perguntas detalhadas da Reuters para esta reportagem.
A Reuters não conseguiu determinar se a Tesla ainda usa algoritmos que aumentam as projeções de autonomia internas. Mas os testadores e reguladores automotivos continuam a criticar a empresa por exagerar a distância que seus veículos podem percorrer antes que suas baterias acabem.