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E por que você não deveria, em um veículo cujo preço sugerido parte de US$ 348.500 (aproximadamente R$ 1,73 milhão, sem impostos), podendo chegar a US$ 488.050 (R$ 2,42 milhões), como no carro testado? O mundo é duro e o Ghost é suave e mudo, uma trégua. Mas não se deixe enganar pela calma. Sob o capô há um Godzilla – um motor de 6,75 litros, V12, biturbo, de 563 cavalos de potência e acoplado a uma caixa automática de oito marchas.
O motor não ronca e não ruge, mas quando você pisa no acelerador com força o carro salta para os 100 km/h em 4,6 segundos, apensar de seus 2.470 kg. E vê aquele buraco ali que você não conseguirá contornar? Pode passar por cima: o Ghost está equipado com suspensão adaptativa e uma câmera de varredura da estrada que ajuda o veículo a antecipar e compensar buracos.
O “Starlighter” agora é de série e personalizável com uma constelação de estrelas, incluindo estrelas cadentes. Dois guarda-chuvas robustos de tamanho normal são guardados nas entranhas das portas dos passageiros traseiros; quase todos sabem disso, mas esteja chovendo ou não a maioria das pessoas pede para você demonstrá-los. E não podemos esquecer dos centros de rodas auto-endireitantes: os emblemas nas rodas nunca estão tortos, de cabeça para baixo ou qualquer coisa – exceto retos e centrais.
Como anda
O Rolls-Royce Ghost é grande e pesado. Você precisa se acostumar com a “tocada” no acelerador, que proporciona um pouco da suavidade ao rodar. O pedal do freio não é dos mais comunicativos e a dirigibilidade também não é aguçada – mas tudo bem, pois ele não é um carro esportivo. Tudo isso pode ser ajustado rapidamente, e no fim das contas você tem zero reclamações sobre sua dirigibilidade.
No interior, você não encontrará um hotel cinco estrelas com uma vibração melhor. Cada ponto é costurado à mão e tudo o que você vê é feito artesanalmente usando couro, madeira e todos os outros materiais da mais alta qualidade. É grande, macio e ultraconfortável. À noite, o painel ganha vida com um ambiente iluminado.
Alguns pontos a considerar, contudo. A simpática senhora inglesa da navegação estava constantemente atrasada, dizendo-me para virar quando a curva já havia passado alguns segundos antes. Ela também não conseguia me entender, não importa o quão devagar e claro eu falasse. Até que finalmente recorri ao meu celular para navegar.
Problemas também com o espelho do lado direito, que bloqueou consistentemente a visão do que poderia estar vindo daquele lado. Tive que olhar por cima ou ao redor.
Mas, no geral, a experiência foi deliciosa.
*Josh Max cresceu perto de uma garagem no condado de Westchester, tornando-me uma presença constante aprendendo sobre os meandros dos motores e da manutenção de carros. Depois de se mudar para Manhattan, tornou-se um escritor em tempo integral para o NY Daily News, onde dirigiu as editorias “Road Test” e “Your Drive” por 12 anos. Também é freelancer de publicações como NY Times, Guitar Aficionado, Newsweek e Glamour, além da Forbes.