Para estar neste endereço exclusivo, que a cada semana está em um local diferente do mundo, para começar o interessado tem que pagar uma taxa de US$ 200 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) para ter direito a erguer sua casa na cobiçada avenida por onde desfilam os astros do esporte, como Lewis Hamiton, Max Verstappen e Fernando Alonso.
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LKYSUNZ, Hitech e Rodin Carlin foram avisadas de que as informações enviadas não eram suficientes para uma avaliação positiva, segundo informações que circularam na imprensa europeia. Hitech e Carlin, por sinal, são equipes de F2 e têm vasta experiência em categorias de base.
Porém, até aqui, a única candidatura a colocar seu escritório na rua mais cara do mundo é da Andretti Global, de Michael Andretti, piloto que foi companheiro de equipe de Ayrton Senna na McLaren em 1993 e filho da lenda Mario Andretti, campeão da F1 em 1978.
Mas por que as equipes da F1 são tão fechadas a novos concorrentes? A explicação é dinheiro, claro. Quanto menor a divisão do bolo da receita dos contratos de patrocinadores do evento, promotores dos Grande Prêmios e contratos de direitos de transmissão da TV, melhor para os times que precisam desta verba, sobretudo os que andam no pelotão do meio e de trás.
Com isso, quem desejar ter um novo time na F1 terá que comprar uma das dez existentes. Caso da Audi, que comprou a Sauber (hoje Alfa Romeo) para que a empresa alemã tenha seu próprio time a partir de 2026.
E como é circular na rua mais cara do mundo? Bom, esta é uma experiência diferente a cada GP, e normalmente mais glamourosa nas corridas europeias e do Oriente Médio. Na Europa, as equipes levam seus motorhomes gigantescos, avaliados em mais de US$ 2 milhões (R$ 10 milhões, aproximadamente) para as corridas.
O “endereço” de cada equipe é definido de acordo com a posição no Mundial de F1 do ano anterior: então o primeiro lote da rua é ocupado pela Red Bull, depois Mercedes, Ferrari e assim sucessivamente até chegarmos nas últimas “casas”, as da Williams e da Haas.
Acabando o GP, toda estrutura segue por transporte rodoviário até a sede da próxima corrida. Nas provas do Oriente Médio, como Bahrein e Abu Dhabi, as equipes levam toda a estrutura, mas cada uma delas tem uma “casa” para abrigar todas estas mordomias, como se fossem pequenas “ilhas” dentro do autódromo.
Evidentemente, circular pela rua do paddock tem seu charme e esta experiência, antes exclusiva aos pilotos, integrantes das equipes e membros da imprensa, agora é comercializada em pacotes dos próprios promotores do evento e pelo marketing das equipes, que levam seus patrocinadores para poder desfilar pelo metro quadrado mais caro do mundo ostentando sua credencial de F1.
Assim, o paddock da F1 em 2023 está mais cheio do que nunca, com direito a centenas de VIPs ansiosos por uma selfie. Afinal de contas, um endereço tão exclusivo merece um registro. Até porque, depois daquele final de semana, esta mesma charmosa e chique avenida pode estar do outro lado do planeta.