Em 1915, Citroën foi o primeiro empregador na França a pagar o décimo terceiro salário, além de incluir a mão-de-obra feminina em uma indústria majoritariamente masculina. Montou ainda serviços sociais inéditos, como cantinas e creches para as colaboradoras que tinham filhos, e destinou uma espécie de bônus para as que estavam no período pós-parto.
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Já em 1922, André Citroën apresentou, no Salão do Automóvel de Paris, uma de suas criações voltadas para as mulheres: o Citroën 5CV, também conhecido como “Petit Citron”. Naquelas primeiras décadas do século XX, os carros eram projetados quase que exclusivamente para os homens, sem se preocupar com os desejos de outros públicos – numa época em que as mulheres não tinham os mesmos direitos que os homens, e poucas possuíam carteira de motorista.
Pensando nas mulheres e em uma geração mais jovem que nunca teve a possibilidade de ter o seu próprio carro, o fundador da marca criou um modelo acessível e que fugisse do comum. O resultado foi o primeiro carro popular produzido em grande escala na Europa, lançado em cores vivas e alegres. Leve e ágil, o 5CV tinha manutenção e uso do dia a dia simples. Seus pneus redesenhados tornavam a condução mais suave e o pedal do freio tinha acionamento progressivo e leve.
Hoje a Citroën faz parte do grupo Stellantis, que determinou que mais de 35% de seus cargos de liderança deverão ser ocupados por mulheres até 2030. A empresa também criou o Women of Stellantis, primeiro grupo de afinidade global da empresa e que, na região, é liderado por Vanessa Castanho, Vice-Presidente da Citroën para a América do Sul e primeira mulher a dirigir a marca no continente.