Com Fastback Abarth, de 185 cv e R$ 160 mil, Fiat dá xeque-mate no VW Nivus

2 de dezembro de 2023
Foto: divulgação

Por R$ 159.990, Fastback Abarth aposta na esportividade (relativamente) acessível

Prolífico nos anos 1980 e 1990, o segmento de esportivos nacionais sobrevive hoje do comprometimento de Fiat e Volks em manterem na prateleira um tipo de produto há tempos abandonado por Chevrolet e Ford e, mais recentemente, também pela Renault.

Veja fotos do Fastback Abarth:

Fastback Abarth
Rodas são de 18 polegadas no Fastback Abarth
Nome da marca tem protagonismo na tampa do porta-malas
Escorpião, marca da Abarth, vem bordado nos bancos dianteiros
Principal vantagem sobre o Pulse Abarth está no porta-malas de 600 litros
Fastback Abarth
Botão "Poison" torna reações do carro mais ariscas
Central multimídia tem tela de 10,1 polegadas
Interior tem detalhes em vermelho para distinguir versão esportiva
Motor 1.3 turbo rende 180/185 cv (gasolina/etanol) e 27,5 kgfm de torque
Fastback Abarth
Fastback Abarth Branco Banchisa
Fastback Abarth Vermelho Montecarlo
Nome da marca tem protagonismo na tampa do porta-malas
Modelo está disponível nas cores Branco Banchisa, Cinza Strato, Preto Volcano e Vermelho Montecarlo
Fastback Abarth

Com o Fastback Abarth, que acaba de chegar por R$ 159.990, a marca italiana dá um importante passo à frente da concorrência. Não apenas por ampliar a oferta com um modelo que genuinamente estimula os sentidos, mas também pela formatação do Abarth Racer’s Academy, evento itinerante cuja ambição é criar uma comunidade de entusiastas. Exposição guiada e interativa sobre a história da marca criada por Carlo Abarth em 1949 e pilotagem em circuitos estão no programa.

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Carro e evento – que em 2024 promete visitar outras cidades do Brasil depois de estrear no Autódromo Capuava, em Indaiatuba, no interior de São Paulo – são a coroação de um plano iniciado em 2017 por Herlander Zola, Vice-presidente Sênior de Operações Comerciais da Stellantis Brasil e veículos comerciais leves (LCV) para América do Sul, responsável pela comercialização das marcas Fiat, Abarth, Jeep, Ram, Peugeot e Citroën.

“Precisávamos criar um meio de a Fiat evoluir em segmentos mais altos e ter presença em nichos que ajudam a criar desejo. Isso poderia acontecer por meio de um portfólio próprio ou por movimentos como esse, de trazer a divisão esportiva da marca”, explica o executivo.

Paradoxalmente, o impulso para estabelecer a Abarth no Brasil – algo impensável há poucos anos – é justamente a estagnação do mercado nacional, que já chegou a 3,6 milhões de unidades, mas hoje patina para não descer do patamar de 2 milhões.

“Como a atual situação econômica não permite que a base da pirâmide movimente o mercado de entrada, preciso depender cada vez menos do segmento de carros populares e convencer quem tem um bom poder aquisitivo a pensar em um Fiat. Ou um Abarth, nesse caso”, contextualiza Zola, que já passou por Audi e BMW.

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A receita é a mesma do Pulse Abarth, com quem divide não apenas a plataforma, o motor 1.3 turboflex (185 cv com etanol e 27,5 kgfm de torque) e a transmissão automática de seis marchas, mas também a incoerência do nome, pois mais sentido faria chamá-los Fiat Pulse/Fastback Abarth ou simplesmente Abarth Pulse/Fastback. Talvez seja a primeira vez na história que o nome do carro vem antes do da marca.

Na ponta do lápis, o segundo carro da Abarth no Brasil é R$ 10 mil mais caro, 31 centímetros mais comprido (4,42 m), 18 quilos mais pesado (1.299 kg), tem 230 litros a mais de porta-malas (600 l) e está calçado em rodas de 18, e não 17 polegadas.

“Principal diferença entre os dois modelos é funcional. Quem busca pelo Pulse busca um carro menor, enquanto no Fastback há mais praticidade. Acredito e espero que o Fastback evolua mais na direção de buscar clientes de concorrentes, especialmente de sedãs esportivos, do que clientes do Pulse”, avalia Zola.

Se viesse até o começo do ano, o recado seria para o Virtus GTS. Mas a Volkswagen substituiu a versão da mítica sigla pela Exclusive. Que até mantém o 1.4 turbo de 150 cv, porém oferecendo mais requinte do que esportividade.

Poderia ser também para o Jetta, mas o sedã médio da Volkswagen tem desempenho (231 cv) e preços (R$ 239.390) superiores.

Na verdade, o Fastback Abarth é um xeque-mate no Nivus GTS: e aí, vem ou não vem?