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A peça-chave nessa estratégia é a Neue Klasse (Classe Nova, em alemão), uma nova família de carro elétricos que usará uma plataforma desenvolvida inteiramente pensada para esse tipo de propulsão e baterias de sexta geração, que são 30% mais eficientes. A marca lançará pelo menos seis modelos nos primeiros dois anos de vida da plataforma, começando com um sedã do porte do Série 3 em 2025, seguido de um SUV. Apenas para a produção da Neue Klasse na fábrica de Debrecen, na Hungria, a BMW vai investir 2 bilhões de euros até 2025. A família também será produzida em San Luis Potosi, no México, onde a marca investiu outros 800 milhões de euros.
Veja fotos do BMW i5:
Enquanto o Neue Klasse não chega, outro passo crucial dessa estratégia é levar a eletrificação aos principais modelos a combustão da marca. A nova geração do Mini Cooper vai apostar alto nas versões elétricas, o que rendeu um investimento adicional de 600 milhões de libras na fábrica de Oxford, no Reino Unido. Baseado no Série 7, opção mais luxuosa da marca, o elétrico i7 já chegou ao Brasil, onde se junta ao SUV iX e ao sedã compacto i4. No ano que vem, é a vez de desembarcar nas ruas brasileiras o i5, marcando a eletrificação do sedã médio.
As versões do BMW i5
Já a versão topo de linha, M60 xDrive, eleva um desempenho a um outro patamar. São dois motores, um em cada eixo, que geram até 598 cv de potência e 83,7 kgfm de torque quando ativada a função M Sport Boost ou M Launch Control. Como em outros elétricos, quase 100% dessa força está disponível instantaneamente – e uma boa pisada no acelerador é garantia de ser arremessado contra o banco com entusiasmo. A configuração atinge 100 km/h em apenas 3,8 segundos e a máxima é limitada a 230 km/h.
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A transmissão automática de oito velocidades com um motor elétrico interno é ágil e suave. A tração é integral, mas nem por isso menos divertida. Pelo contrário, o i5 M60 foi direto e preciso ao devorar curvas estreitas da serra entre Setúbal e o Portinho da Arrábida. Mérito também da suspensão adaptativa da divisão esportiva M, desenvolvida por engenheiros de Stuttgart, que sabem o que fazem para deixar o carro “na mão” do motorista.
Interior vegano de série
O interior do i5 tem muito das linhas e da elegância do i7. Painéis e console central seguem a tendência da marca de reduzir botões. O motorista conta sempre com três opções: controles físicos essenciais, tela sensível ao toque e comando de voz. Mas as principais novidades parecem focadas em alcançar novos clientes – e, possivelmente, mais jovem.
O modelo será o primeiro a oferecer interior vegano de série. Superfícies de bancos, painéis e volante são revestidas de materiais sem origem animal. Já a central multimídia permite que motorista e passageiros joguem videogame na tela central quando o carro estiver parado. Basta ler um QR Code para usar o celular como console e aproveitar mais de cem jogos disponíveis, o que é uma boa opção para esperar o carregamento da bateria.
O BMW i5 também tem assistente de direção semiautônoma que mantém o carro na faixa e a uma distância segura do veículo à frente, com função Stop & Go. No entanto, o inédito assistente ativo de mudança de faixa, com ativação visual, no qual o motorista confirma a mudança de faixa sugerida pelo sistema apenas ao olhar para o retrovisor, ainda não está aprovado para o Brasil. Por enquanto, o recurso foi liberado apenas pelas autoridades da Alemanha.
Na lateral, vincos marcados, saias pretas e maçanetas embutidas. As lanternas traseiras também lembram o i7, mas com faixas cromadas que se estendem até as laterais. A versão M60 inclui os detalhes esperados de uma versão esportiva, mas com foco na aerodinâmica, otimizando a circulação de ar em prol da performance. Para-choque agressivo e arrojadas rodas 19 completam o conjunto.
(Reportagem publicada na edição 112 da Forbes Brasil, acessível no aplicativo na App Store e na Play Store, no site da Forbes e na versão impressa).