Os investigadores visitarão instalações das montadoras BYD, Geely e SAIC, disseram duas fontes, sendo que uma delas afirmou que os fiscais não inspecionarão marcas que não são chinesas, mas produzem veículos na China, como Tesla, Renault e BMW.
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A investigação, iniciada em outubro e programada para durar 13 meses, busca determinar se os veículos elétricos mais baratos fabricados na China se beneficiam injustamente de subsídios estatais. Chamada de protecionista pela China, a investigação aumentou as tensões entre Pequim e a UE.
“A Comissão selecionou uma amostra representativa de produtores chineses e da UE, que já responderam aos questionários”, disse Olof Gill, porta-voz da Comissão Europeia para o Comércio. “A Comissão realizará visitas de verificação em suas instalações em janeiro e fevereiro de 2024”, disse ele.
O Ministério do Comércio da China, BYD e SAIC não responderam imediatamente a pedidos de comentários. A Geely não se manifestou, mas citou declaração de outubro de que a empresa segue todas as leis e apoia a concorrência justa no mercado global.
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As visitas são para trabalho de verificação – inspeções no local verificando as respostas que as montadoras deram aos questionários – disse uma fonte. Os documentos da Comissão Europeia para a investigação dizem que ela está no “estágio inicial”, com visitas de verificação previstas para 11 de abril.
Na semana passada, a China abriu uma investigação antidumping sobre o conhaque importado da União Europeia, uma medida que parece ter como alvo a França, que apoia a investigação do setor automotivo chinês. Os modelos chineses mais populares exportados para a Europa incluem o MG, da SAIC, e o Volvo, da Geely.
A participação dos veículos fabricados na China no mercado de eletrificados da União Europeia aumentou para 8% e pode chegar a 15% em 2025. Esses veículos normalmente são vendidos por 20% menos do que os modelos fabricados na UE.
Os fabricantes chineses de veículos elétricos, desde a BYD, líder de mercado, até as rivais menores Xpeng e Nio, estão intensificando esforços de expansão no exterior à medida que a concorrência se intensifica no país e o crescimento interno diminui. Muitos fizeram das vendas para a Europa uma prioridade.
A China ultrapassou o Japão como o maior exportador de automóveis do mundo no ano passado, vendendo 5,26 milhões de veículos, avaliados em cerca de 102 bilhões de dólares, informou uma associação automotiva chinesa nesta semana.