Esse resultado elevou o segmento de picapes pequenas de 7,5% para 9,6% do total de 16 em que a coluna divide o mercado brasileiro. Os 2,1 pontos percentuais extras foram a maior expansão ocorrida no ano passado e com apenas quatro modelos (Strada, Saveiro, Montana e Duster). Híbridos vieram em seguida (2,1% para 3,4%) e os elétricos em terceiro (0,4% para 0,8%).
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Outra conquista foi do Volkswagen Polo, que pela primeira vez assumiu a posição de automóvel de passageiros mais vendido no Brasil, depois de 21 anos de mercado (lançado em 2002). Desbancou o Onix, que dominava entres os hatches compactos, o mais concorrido em volume e com 10 modelos de 10 fabricantes.
O T-Cross continuou como SUV mais vendido, porém com o Tracker quase empatado. A posição de domínio mais absoluto – 80% das vendas entre sedãs médio-compactos – foi mantida pelo Corolla.
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Ranking da coluna tem critérios próprios e técnicos com classificação por silhuetas. Referência principal é distância entre eixos, além de outros parâmetros. Sedãs de topo (baixo volume) e monovolumes (oferta reduzida) ficam de fora. Base de pesquisa é o Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam). Citados apenas os modelos mais representativos (mínimo de dois) e de maior importância dentro do segmento. Compilação de Paulo Garbossa, da consultoria ADK.
Hatch compacto: Polo, 24%; Onix, 22%; HB20/X, 19%; Argo, 14%; 208, 6%; C3, 5,6%; Yaris, 5%; City, 2,33%; Stepway, 1,7%. Polo, novo líder.
Sedã compacto: Onix Plus, 32%; Cronos, 22%; HB20S, 13%; Virtus, 12%; Yaris, 9%; City, 5%; Versa, 4%; Logan, 2%. Sobe pressão sobre Onix Plus.
Sedã médio-compacto: Corolla, 80%; Sentra, 8%; Jetta, 4%. Corolla disparado na frente.
Sedã grande: Seal, 49%; Panamera, 24%; Taycan, 15%. Elétrico Seal chegou e venceu.
Esportivo: BMW M3/M4, 44%; Mustang, 38%; BMW M2, 7%. BMW recupera liderança.
Esporte: 911, 56%; 718 Boxster/Cayman, 27%; F-Type, 5%. Firmíssimo território Porsche.
SUV médio-compacto: Compass, 42%; Corolla Cross, 30%; Taos, 11%. Compass mantém posição.
SUV médio-grande: Commander, 22%, SW4, 18%; H6, 12%. Líder com menos folga.
SUV grande: BMW X5/X6, 23%; Cayenne, 16%; XC90, 13%. BMW volta a liderar.
Picape média (carga 1.000 kg): Toro, 27%; Hilux, 24%; S10, 14%. Mais aperto para a Toro.
Híbridos: Corolla Cross, 16%; H6, 14%; Corolla, 11%. Liderança mais apertada.
Elétricos: Dolphin, 38%; C40/XC40, 15%; Yuan Plus, 10%. Novo dono da situação.
Megane E-Tech, elétrico bom de guiar e bem equipado
No interior a alavanca de seleção de marchas fica no lado direito da coluna de direção. Interessantes as duas saídas do ar-condicionado verticais, uma delas separando o quadro de instrumentos da central multimídia de 9 pol. com Android Auto e AppleCarPlay pareados sem fio e carregamento do celular por indução. Há quatro saídas USB-C. O confortável banco do motorista não dispõe de regulagem elétrica. Quem vai atrás tem bom espaço graças ao assoalho plano e à boa distância entre eixos de 2.685 mm.
Em uma semana deu para sentir que o E-Tech desempenha muito bem, tanto em estrada quanto na cidade. Tração é dianteira. Motor de 220 cv e 30,6 kgf·m está bem dimensionado para uma massa total de 1.680 kg. Aceleração de 0 a 100 km/h em 7,4 s e velocidade máxima de 160 km/h. Permite administrar a intensidade de regeneração para recarga da bateria de 60 kW·h por meio de duas alavancas atrás do volante. Muito bom o sistema de alerta a pedestres e ciclistas sobre a presença do carro, em três níveis de intensidade. Silêncio a bordo impressiona mais que em outros elétricos.
Pacote de segurança ativa inclui frenagem autônoma de emergência também em manobras de estacionamento tanto na frente quanto na traseira. Alcance médio pelo padrão Inmetro é de 337 km. Durante o uso em cidade chega perto de 400 km pelo indicador no painel. Na estrada, mantendo 120 km/h constantes, inclusive em subidas de pouca inclinação, roda em torno de 280 km.
Esclarecimento sobre importação de linhas de produção usadas
Entretanto, há comentários de bastidores que em um futuro ainda não previsível é natural que a produção de veículos com motores a combustão tenda a diminuir na Europa e em outros mercados de alto poder aquisitivo. Isso ocorrerá na medida em que a produção de veículos elétricos suba ao ponto de tornar-se antieconômica a fabricação simultânea de motores a combustão.
Dessa forma, especula-se que o Brasil poderia assumir essa produção de motores tradicionais sob escala competitiva para exportação. De que maneira isso seria feito e a partir de quando ainda não há a menor ideia. É algo cogitado apenas em conversas informais de bastidores.
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