Em vídeo com fala do ministro durante o encontro divulgado no Twitter do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), Pazuello destacou que o imunizante que está sendo produzido pelo Butantan será uma vacina brasileira como diversas outras produzidas no instituto, que é ligado ao governo paulista.
LEIA MAIS: Pfizer visa aprovação para uso emergencial de vacina contra Covid-19 nos EUA em novembro
“E essa vacina da Sinovac é a mesma tecnologia que o Butantan usa para as demais vacinas H1N1 e outras. As vacinas são de todos os brasileiros, são distribuídas pelo Sistema Único de Saúde e vão ser distribuídas pelo Plano Nacional de Imunização”, continuou o ministro.
A decisão do ministério foi tomada após governadores levantarem a preocupação de que a disputa política entre Doria e Bolsonaro evitasse que o governo federal adotasse a vacina chinesa, chamada de Coronavac, que tem um cronograma mais adiantado do que a vacina da AstraZeneca que já foi contratada pelo ministério.
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), um dos presentes ao encontro, afirmou que a reunião serviu para se começar a pensar em uma proposta para uma estratégia de vacinação em todo país.
A expectativa do ministério, segundo disse Pazuello aos governadores, é que a vacina da Sinovac esteja disponível a partir de janeiro de 2021.
Na semana passada, o governo de São Paulo apresentou dados das primeiras fases de testagem da Coronavac. De acordo com o coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19 no Estado, João Gabbardo, a vacina teria tido 98% de eficácia comprovada e sem efeitos colaterais graves.
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que os efeitos registrados até agora são apenas de dor de cabeça leve em alguns casos e dor no local da picada
VEJA TAMBÉM: Número de casos de Covid-19 no mundo passa marca de 40 milhões
A inclusão da vacina no calendário nacional de imunizações não significa obrigatoriedade de vacinação, mas que o governo federal vai disponibilizar o medicamento para todo país em determinada época, como se faz atualmente com a vacina contra a influenza.
A obrigatoriedade ou não de pessoas serem vacinadas virou mais uma disputa política entre Bolsonaro e Doria. Depois de o governador afirmar que em São Paulo a vacina seria obrigatória, Bolsonaro reiterou por diversas vezes que o Ministério da Saúde não determinaria a imunização compulsória.(Com Reuters)
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.