Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, Doria disse ainda que São Paulo pretende também fornecer a vacina, batizada de CoronaVac, a outros Estados que a quiserem.
“A resposta é sim”, disse o governador quando indagado se o governo de São Paulo garantirá o financiamento para se chegar a 100 milhões de doses da CoronaVac, na falta de um acerto com o governo federal.
“O ideal é que façamos o rito dos últimos 50 anos: sistema nacional de imunização, aquisição e distribuição da vacina pelo Ministério da Saúde. Continuamos convictos de que essa é a melhor opção. Mas se houver uma negativa por razões de ordem política ou ideológica do governo federal, São Paulo –mediante aprovação da Anvisa– comprará a vacina, distribuirá a vacina e disponibilizará para todos os governos estaduais que desejarem.”
Na semana passada, Bolsonaro desautorizou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e revogou decisão que havia sido tomada por ele de incluir a CoronaVac no PNI e adquirir doses da vacina, uma vez que ela obtivesse registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O presidente disse ainda que a vacina da Sinovac não transmite segurança por ser de origem chinesa.
Também na entrevista coletiva, Dimas Covas lembrou que a Anvisa já autorizou a importação de 6 milhões de doses prontas da CoronaVac e que a agência deve se pronunciar até a próxima semana sobre a importação de insumos da vacina para a produção pelo Butantan de mais 40 milhões de doses, o que resultaria em 46 milhões de doses em dezembro.
Após a negativa de Bolsonaro à vacina chinesa, governadores de vários Estados e diferentes partidos se manifestaram junto ao governo federal pedindo a inclusão da CoronaVac no PNI. (Com Reuters)
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