Os dados, parcialmente divulgados no mês passado, mas publicados na íntegra na revista médica “The Lancet” hoje, sugerem que pessoas com mais de 70 anos, que têm maior risco de ficarem graves ou morrerem da Covid-19, podem criar uma imunidade robusta.
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“Esperamos que isso signifique que nossa vacina vá ajudar a proteger algumas das pessoas mais vulneráveis em nossa sociedade, mas mais pesquisa é necessária antes que possamos ter certeza.”
Os testes em estágio avançado, ou de Fase 3, estão em andamento para tentar confirmar essas descobertas, disseram os pesquisadores, e para testar se a vacina protege da infecção pelo vírus SARS-CoV-2 em uma ampla gama de pessoas, incluindo com problemas de saúde subjacentes.
Os resultados desses testes devem definitivamente ser conhecidos até o Natal, disse o diretor do Grupo de Vacinas de Oxford, Andrew Pollard, acrescentando que ainda é muito cedo para saber se e quão bem a vacina funciona na prevenção da Covid-19.
A candidata a vacina Oxford/AstraZeneca está sendo testada no Brasil em estudo liderado pelo Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O Ministério da Saúde fez acordo com a farmacêutica para adquirir doses da vacina e para a produção dela no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A candidata a vacina, chamada de AZD1222 ou ChAdOx1 nCoV-19, já esteve entre as líderes nos esforços globais para desenvolver um imunizante que proteja contra o novo coronavírus.
Ao contrário das vacinas Pfizer/BioNTech e Moderna, que usam uma nova tecnologia chamada RNA mensageiro (mRNA), a candidata da AstraZeneca usa a tecnologia de vetor viral, feita de uma versão enfraquecida de um vírus comum de gripe encontrado em chimpanzés.
Os testes em Fase 2 publicados na “The Lancet” envolveram 560 voluntários saudáveis, com 160 deles com idades entre 18 e 55 anos, 160 de entre 56 e 69 anos e 240 com mais de 70 anos.
Os voluntários receberam duas doses da vacina ou de um placebo e nenhum efeito colateral grave relacionado à vacina foi relatado, disseram os pesquisadores.
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