Horas depois de a equipe da OMS revelar conclusões preliminares em uma coletiva de imprensa em Wuhan ontem (9), Washington disse que quer analisar os dados usados pela equipe, que concluiu que o vírus causador da Covid-19 não surgiu em um laboratório de Wuhan e que morcegos continuam sendo uma fonte provável.
A origem da pandemia de coronavírus, que emergiu primeiramente em Wuhan no final de 2019, é altamente politizada, e a China vem forçando a versão de que o vírus tem suas raízes fora de suas fronteiras.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse ontem que o governo Biden não se envolveu no “planejamento e implantação” da investigação da OMS e que quer adotar uma abordagem independente de suas descobertas e dados subjacentes.
“Os EUA examinando independentemente os dados da OMS? É a OMS que deveria examinar os dados dos EUA”, disse Hu Xijin, editor-chefe do “Global Times”, tabloide do estatal Diário do Povo do Partido Comunista governante, na rede social Weibo.
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Peter Ben Embarek, que comanda a equipe liderada pela OMS que passou quatro semanas na China – duas delas em quarentena –, disse que a investigação não mudou dramaticamente o quadro do surto, mas que o vírus pode ter cruzado fronteiras antes de chegar a Wuhan.
Além de descartar um vazamento em um laboratório, ele disse que alimentos congelados podem ser um meio de transmissão do vírus, o que reforçaria uma tese sustentada por Pequim, que atribui alguns focos de casos a embalagem de alimentos importados. (Com Reuters)
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