A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou hoje (12) que a inspeção que fará em uma das fábricas da vacina contra Covid-19 Sputnik V na Rússia foi adiada em alguns dias, e agora ocorrerá no mesmo período de visita a outra fabricante do imunizante.
Segundo a agência, a alteração de agenda foi uma solicitação do Fundo Soberano Russo, que é responsável pela comercialização da vacina desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, de Moscou.
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“Com esse realinhamento, as duas equipes de especialistas da Anvisa sairão do Brasil juntas e as inspeções ocorrerão concomitantemente”, disse a Anvisa em nota. “A nova data da viagem ainda será confirmada após a emissão das passagens.”
A inspeção às duas fábricas da Sputnik V foi acertada como parte do processo de aprovação pela agência da vacina russa, que já foi comprada tanto pelo Ministério da Saúde como por diversos governadores separadamente, à medida que a campanha de imunização do Brasil segue em ritmo lento por falta de doses.
De acordo com a Anvisa, a missão tem como objetivo levantar dados a respeito da produção da vacina tanto para a avaliação do uso emergencial como para o processo de importação excepcional para o Brasil de doses prontas.
A agência têm cobrado dos desenvolvedores russos da vacina e da parceira brasileira deles, a União Química, mais informações sobre o imunizante, como dados detalhados sobre os estudos clínicos conduzidos na Rússia, incluindo informações sobre eventos adversos observados durante o estudo clínico.
Também foram solicitadas informações sobre os efeitos adversos em países que utilizam a vacina e comprovação de que o produto atende a padrões de qualidade, eficácia e segurança estabelecidos pela OMS (Organização Mundial da Saúde), de acordo com documento da Anvisa apresentado aos governadores que tentam importar a vacina e divulgado pela agência.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro conversou com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a respeito do uso da vacina Sputnik V. Até o momento, o Brasil conta com apenas duas vacinas à disposição, a CoronaVac, da chinesa Sinovac e envasada pelo Instituto Butantan, e a vacina de Oxford/AstraZeneca , envasada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
O Brasil aplicou até o momento a primeira dose da vacina em 20,7 milhões de pessoas, o equivalente a 9.8% da população, e somente 6,1 milhões tomaram as duas doses (2,9%), de acordo com dados do Ministério da Saúde. (Com Reuters)
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