Vacinas da Pfizer e Moderna podem oferecer proteção duradoura contra Covid-19, dizem cientistas

29 de junho de 2021
Reprodução/Forbes

As vacinas Moderna e Pfizer podem oferecer proteção de longo prazo e forte resposta imunológica contra Covid-19

As vacinas Pfizer-BioNTech e Moderna são susceptíveis de oferecer proteção duradoura contra a Covid-19, de acordo com um estudo publicado ontem (28), indicando que as pessoas que já foram inoculadas com qualquer um dos imunizantes de mRNA podem não precisar de uma dose de reforço por anos.

Segundo um estudo revisado por pares publicado na revista científica “Nature”, os cientistas descobriram que as vacinas induzem uma forte reação imunológica que pode proteger contra a Covid-19 por anos.

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O estudo reforça uma descoberta anterior, relatada pela primeira vez em maio, de que as pessoas que se recuperaram da infecção e foram totalmente inoculadas com uma das vacinas de mRNA têm uma resposta imunológica ainda mais forte.

O estudo também mostrou que os imunizantes produziram níveis altos de anticorpos neutralizantes que foram eficazes contra três variantes do coronavírus, incluindo a Beta que demonstrou reduzir a eficácia das vacinas.

Quase quatro meses após a primeira dose de qualquer vacina, o corpo ainda tinha os chamados centros germinativos nos nódulos linfáticos, que treinam efetivamente as células imunológicas do corpo para proteger contra infecções futuras.

De acordo com os cientistas que conduziram o estudo, este é um sinal muito positivo, já que os centros germinativos normalmente atingem o pico uma ou duas semanas após a vacinação e, em seguida, começam a declinar, noticiou o “New York Times”.

A produção de uma gama mais ampla de células do sistema imunológico e tempos de treinamento mais longos para essas células levarão a uma proteção mais robusta contra o vírus e quaisquer variantes que possam surgir.

O escopo do estudo foi limitado apenas às duas vacinas de mRNA aprovadas fabricadas pela Moderna e Pfizer-BioNTech. Ele não examinou o imunizante de dose única da Johnson & Johnson e um dos autores do estudo disse ao “New York Times” que esperava que a resposta imunológica daquela injeção fosse menos durável. O estudo também não lança nenhuma luz sobre a eficácia da vacina contra a variante Delta do coronavírus, que é mais transmissível do que outras variantes.

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Embora as vacinas de mRNA tenham sido altamente eficazes na prevenção de infecções, o surgimento de mais variantes infecciosas do coronavírus levou à especulação de que doses de reforço podem ser necessárias para proteger contra a Covid-19. Falando em um evento da Forbes no início deste mês, o CEO da Moderna, Stéphane Bancel, também sugeriu que provavelmente serão necessárias doses de reforço no futuro próximo, tanto para reforçar a imunidade em declínio quanto para proteger contra novas mutações de vírus.

No entanto, as autoridades de saúde pública, incluindo o Dr. Anthony Fauci, resistiram a essa ideia. Os resultados deste estudo sugerem que a grande maioria das pessoas, que recebeu uma das duas vacinas de mRNA, provavelmente estará protegida a longo prazo e pode não precisar de uma injeção de reforço tão cedo. No entanto, o surgimento de variantes mais novas e infecciosas ainda pode prejudicar a eficácia desses imunizantes de mRNA. Além disso, uma grande proporção de receptores de vacinas em todo o mundo recebeu imunizantes baseados em vetores virais que podem oferecer imunidade menos durável.

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