A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) concluiu que a morte de uma adolescente de 16 anos em São Paulo não está relacionada à aplicação da vacina contra Covid-19 da Pfizer, informou o órgão hoje (22).
Segundo a agência, o caso foi detalhado em reunião do Comitê Interinstitucional de Farmacovigilância de Vacinas e outros Imunobiológicos, em que o processo investigativo do caso foi detalhado e validado.
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A conclusão é que a adolescente sofria um quadro característico de PTT (Púrpura Trombótica Trombocitopênica), uma doença autoimune, de acordo com a Anvisa.
“A causalidade foi classificada como coincidente, ou seja, descartou-se a possibilidade de o óbito ter sido relacionado à administração da vacina”, disse a agência em comunicado.
A Anvisa explicou ainda que os especialistas investigadores levaram em conta dados de prontuário da paciente e exames complementares, e concluíram ainda que a paciente não apresentava qualquer doença cardiológica.
O óbito da adolescente chegou a motivar uma decisão do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de suspender a vacinação contra Covid de adolescentes acima de 12 anos sem comorbidades — decisão criticada pela comunidade médica e pelos Estados, que questionaram a orientação.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski afirmou ontem (21) que cabe aos entes federativos definir se vão promover a vacinação de adolescentes maiores de 12 anos contra Covid-19, citando que a suspensão da imunização por conta do evento “não encontra amparo em evidências acadêmicas, nem em análises estratégicas” realizadas internacionalmente. (Com Reuters)
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