A proposta é criar estratégias que sejam mais eficazes na prevenção e na mitigação dos casos, que crescem principalmente em nações mais pobres.
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Esta revisão, que englobou dados da década de 2010, revelou que os fatores preveníveis poderiam ter evitado 4,5 milhões de mortes por câncer em 2019 no mundo, ou 44% de todos os óbitos pela doença naquele ano.
Segundo os pesquisadores, “os principais fatores de risco que contribuíram para a carga global de câncer em 2019 foram comportamentais, enquanto os fatores de risco metabólicos tiveram os maiores aumentos entre 2010 e 2019”.
Há muito tempo diversos estudos apontam que os hábitos saudáveis têm impacto positivo sobre o diagnóstico e o prognóstico do câncer. Este estudo robusto reforça que a redução da “exposição aos fatores de risco modificáveis diminuiria a mortalidade por câncer e as taxas de anos de vida perdidos em todo o mundo”. Da mesma forma, recomenda que as políticas sejam “adaptadas adequadamente de acordo com as características daquele país ou região”.
Fernando Maluf é cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.
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