As razões para esta vigilância, já as expus aqui nas últimas semanas: o câncer de mama é o tumor mais comum entre as mulheres brasileiras e a neoplasia mais incidente no mundo. Aqui no país, são registrados, anualmente, cerca de 67 mil novos casos da doença.
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Mas tenho certeza de que vamos conseguir estabelecer mudanças relevantes em relação ao câncer de mama no Brasil quando dermos mais foco à prevenção e à informação. Divulgar mais sobre os fatores de risco, sobre a relevância dos cuidados com a alimentação, com a prática de atividades físicas regulares, com a cessação do tabagismo e do consumo excessivo de álcool.
Da mesma forma, precisamos não só incentivar, mas garantir o acesso de todas as mulheres, quando for a idade recomendada, à mamografia de rastreamento, que é um exame que salva vidas e pode identificar tumores potencialmente curáveis.
E falar, também, das pacientes que receberam o diagnóstico, abordar mais as questões de saúde integral, da saúde mental. Destacar o acolhimento, ajudar pacientes, familiares, cuidadores e amigos a se informarem mais e melhor sobre a doença.
Esta edição, revisada, conta com uma novidade importante, um novo capítulo que traz mais uma inovação no tratamento. São os anticorpos conjugados à droga, uma classe de medicamentos que pretende ser mais eficiente contra as células doentes, com menos potenciais defeitos danosos às células saudáveis.
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Abordarmos, claro, os tipos de câncer de mama, os fatores de risco, a prevenção, os tratamentos e atitudes saudáveis e importantes contra o câncer, que todos devemos adotar.
Fernando Maluf é cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.
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