Dessa maneira, fazemos um furinho pequeno, com menos de um milímetro, para liberar somente a unidade folicular. E assim nós retiramos uma a uma, cada unidade, evitando uma incisão e uma cicatriz linear no couro cabeludo. E esses furinhos, que são milhares, deixam pequenas cicatrizes pontiformes. São pontinhos brancos, mas que são praticamente imperceptíveis. Isso permite que o paciente utilize cortes de cabelo muito curtos e que estão muito em voga atualmente.
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Para os pacientes que não querem ou podem raspar o cabelo, que preferem a discrição no pós-operatório — e existem muitas categorias profissionais que assim o preferem —, a técnica clássica está muito bem indicada, porque, quando tiramos essa faixa do couro cabeludo, nós não raspamos o cabelo do paciente. E assim, o cabelo remanescente cobre a incisão, os pontinhos, a cicatriz e praticamente não se percebe que o paciente realizou o transplante capilar.
Então, para aqueles pacientes em que a discrição pós-operatória é fundamental, a técnica clássica ainda está muito bem indicada, mas para a maioria dos pacientes que não se incomoda em raspar o cabelo, porque ele cresce em dois meses, a técnica FUE é a mais indicada e a mais utilizada no mundo.
Márcio Crisóstomo é cirurgião plástico formado no Instituto Ivo Pitanguy, especialista em Transplante Capilar nos Estados Unidos pelo American Board of Hair Restoration Surgery, com pós-graduação em Surgical Leadership pela Harvard Medical School.
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