- Analisando dados de saúde de 175 mil pessoas, pesquisadores do American College of Cardiology descobriram que usuários diários de maconha tinham 34% mais chances de desenvolver doença arterial coronariana – a forma mais comum de doença cardíaca causada pelo acúmulo de placa no coração – do que pessoas que nunca usaram a droga.
- Uma interação entre o tetrahidrocanabinol (THC) – a molécula responsável pelos efeitos psicoativos da maconha – e os vasos sanguíneos pode promover a inflamação e o acúmulo de placas, disseram os pesquisadores.
- Os pesquisadores observaram que suas descobertas devem ser um alerta para as pessoas que acreditam que o uso de maconha não apresenta riscos, acrescentando que qualquer pessoa que use a droga de forma consistente deve consultar seus médicos sobre possíveis riscos cardíacos.
- O estudo não diferencia se fumar maconha ou consumi-la na forma de comestíveis afetaria as chances de doenças cardíacas.
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Uma pesquisa publicada pelo National Institutes of Health indica que 43% dos jovens adultos – pessoas de 19 a 30 anos – usaram maconha em 2021, um aumento de 34% em relação aos cinco anos anteriores.
US$ 33 bilhões é o valor projetado de vendas de cannabis medicinal e recreativa legal nos EUA em 2022.
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Os efeitos de longo prazo do uso da droga na saúde não foram comparados aos de fumar tabaco, embora o CDC alerte que o consumo pode levar ao aumento do risco de acidente vascular cerebral, doenças cardíacas e outras doenças vasculares.
Um pequeno estudo lançado em novembro de 2022 sugeriu que enfisema e inflamação das vias aéreas eram mais comuns entre fumantes da erva do que fumantes de cigarro.
Uma pesquisa de agosto de 2022 da Gallup mostrou que o uso de maconha atingiu um recorde histórico, com mais americanos consumindo a droga com mais frequência do que cigarros.
(Traduzido por Patrícia Junqueira)