O texto original previa “conscientizar a população sobre os riscos e as consequências da exposição indevida ao sol, e implementar medidas para facilitar o acesso a protetor solar”.
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No entanto, a implementação das medidas de acesso foi vetada por inconstitucionalidade, já que tais incentivos ficais seriam contrários à Constituição e uma lei específica teria de regular o assunto. Este, então, é um ponto em que ainda precisaremos avançar.
Como medidas gerais de proteção, é indicado:
- Evitar a exposição solar entre 10h e 16h
- Sempre usar protetor solar, mesmo nos dias nublados
- Utilizar chapéus e camisetas que protejam dos raios ultravioletas
Merecem especial atenção lesões novas de pele, que não cicatrizam e sangram, que tenham aumentado de tamanho ou que possuam mais de uma coloração. A análise de um dermatologista pode auxiliar no diagnóstico.
Tumores de pele são os mais incidentes no país
De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil, correspondendo a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Só neste ano, serão mais de 220 mil pessoas diagnosticadas com a doença.
Já o câncer de pele não melanoma é considerado o tipo mais grave da doença, especialmente pela grande possibilidade de se espalhar para outros órgãos. As estimativas apontam que quase 9 mil brasileiros devem receber o diagnóstico de melanoma em 2023.
Falamos, aqui, de quase 1/3 dos tumores registrados anualmente aqui no Brasil. A abordagem do câncer de pele, com a prevenção, o acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento correto, é um desafio de saúde. Devemos todos nos engajar nas ações para prevenir os tumores de pele!
Fernando Maluf é cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.