Os impactos da metástase óssea são vários e incluem dor (que pode ser de leve a moderada e até bastante severa), a compressão dos nervos (causando fraqueza localizada), a compressão do canal medular (podendo levar a uma paralisação completa dos movimentos das pernas e, eventualmente, dos braços) e, muitas vezes, incontinência urinária e fecal.
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Além disso, a metástase pode enfraquecer os ossos e causar fraturas, levando também os sintomas dolorosos. Dependendo da localização, como nos casos de câncer de próstata, quando ocorre na região da base do crânio, pode alterar a sensibilidade do rosto e a visão.
Hoje já existem vários tratamentos para as metástases ósseas. A primeira estratégia é para a “doença de base”, ou seja, para um tumor de mama, drogas que tratam este tipo de neoplasia obviamente vão diminuir a chance de uma complicação nos ossos. No caso câncer de próstata, os tratamentos anti-hormonais ou quimioterapia diminuem a chance de um agravamento do quadro.
Há, ainda, os tratamentos direcionados para as metástases, que são de dois tipos: localizados e medicamentosos.
Entre as terapias localizadas, nós temos a radioterapia, que é um excelente método para tratar metástases, porque diminui a dor, pode descomprimir o canal medular e uma raiz nervosa, e até solidificar uma fratura causada pelo câncer.
Portanto, os pacientes hoje têm uma série estratégias para enfrentar a metástase óssea, desde medicamentos mais avançados contra o tumor primário, passando por terapias localizadas contra as complicações (como a radioterapia e, eventualmente, a cirurgia), estratégias que promovem uma maior força nos ossos e, por último, medicamentos que aumentam a sobrevida de uma forma sistêmica.
Fernando Maluf é cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.
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