“Já faz algum tempo que sou um grande fã do Brasil. Mas só quando comecei a trabalhar na saúde pública é que comecei a apreciar o quão impressionante é a história do país na área – e o quanto o resto do mundo precisa aprender com isso”, escreveu o sétimo homem mais rico do mundo, relembrando a primeira vez que esteve no país, em 1995.
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Para pontuar a importância do SUS, Gates expôs dados: em cerca de três décadas, o Brasil reduziu a mortalidade materna em quase 60%, reduziu a mortalidade infantil de menores de cinco anos em 75% – ultrapassando em muito as tendências globais – e aumentou a esperança de vida em quase uma década. “Nenhuma dessas conquistas foi acidental. Elas são o resultado de investimentos de longo prazo. Outros países podem aprender e imitar”, pontuou.
No entanto, o bilionário ressaltou que o sistema público não precisa ser perfeito para servir como exemplo do que acontece quando um país investe estrategicamente no cuidado dos mais vulneráveis. “Os retornos são, muitas vezes, de longo alcance e mudam vidas.”
Segundo Gates, é por isso que o Brasil é destacado pelo programa Exemplars in Global Health, que ajudou a lançar em 2020 e identifica os países que fizeram progressos notáveis em problemas de saúde. “Por esse padrão, o Brasil tem muito a ensinar.”
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Elogios ao Bolsa Família
“Expandido em conjunto com os cuidados de saúde primários, o Bolsa Família é apenas um dos muitos programas sociais que o Brasil desenvolveu ao longo das últimas décadas que ajudaram a tirar quase um quinto da população do país da pobreza”, ressaltou. “O Bolsa Família também contribuiu para a redução da mortalidade infantil.”