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A realização do exame de colonoscopia, que permite visualizar as possíveis lesões na mucosa e retirá-las, é fundamental para o diagnóstico precoce. A maioria destas lesões são pré-malignas e após sua remoção diminui a chance de desenvolver um câncer de intestino em mais de 80%. Os avanços nas terapias têm permitido que os pacientes, mesmo em casos mais avançados, tenham melhores prognósticos e qualidade de vida.
Uma das principais questões que envolvem o tratamento dizem respeito às taxas de recorrência do câncer colorretal e ao tempo desde a cirurgia até a recidiva. Estas foram as perguntas que guiaram pesquisadores dinamarqueses para saber mais sobre a incidência da volta da doença.
O porcentual de recorrência foi mudando de acordo com o estadiamento e o período de seguimento do estudo. Os pesquisadores destacaram que “o manejo do câncer colorretal tem sido atualizado continuamente nas últimas duas décadas”, o que proporcionou uma melhora da sobrevivência.
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No entanto, este foi o primeiro levantamento que evidenciou, também, as taxas de retorno do câncer. O que foi visto é que as chances de recidiva caíram no período avaliado, de cerca de 15 anos. No estágio 1, a queda foi de 16% para 6% ao longo dos anos; no estágio 2, caiu de 21% para 11% e, para o estágio 3, a baixa foi de 35% para 24%.
É importante ressaltar que, neste estudo, os tumores que foram diagnosticados através de colonoscopia tiveram estadiamento mais precoce e menor risco de recidiva.
Então, reforço a recomendação já dada algumas vezes neste espaço: mantenha um estilo de vida saudável, de olho na alimentação, evitando o consumo de álcool, cigarro, e carne vermelha em excesso, pratique atividade física de forma regular e faça os exames de rastreamento, de acordo com a orientação do seu médico, com colonoscopia a partir dos 45 anos.
Fernando Maluf é cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.
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