A verdade é que os dois candidatos foram mal no mano a mano. Dilma, como sempre, tropeçou na fala em diversos momentos, foi confusa ao formular perguntas e ao responder as questões do adversário. Aécio, por sua vez, repeliu todas as acusações com um monocórdio “é mentira”, estava tenso demais e não apresentou uma só proposta de governo. O lado bom dos candidatos? Dilma foi menos tensa que o de costuma e Aécio falou com desenvoltura.
Dilma entrou primeiro nos estúdios da Band, acompanhada do marqueteiro João Santana e da assessora Sandra Brandão, a quem chamam informalmente de “Google do Planalto”. Aécio entrou depois, acompanhado por três assessores. Os candidatos não se olharam em nenhum momento nessa fase inicial. Aécio despachou sua turma logo e ficou sozinho na bancada por dois minutos. Dilma aproveitou até o último segundo a presença de seus auxiliares.
O debate começa tenso e recheado de acusações. A tônica é essa e esquenta mesmo no segundo bloco, quando os ânimos se acirram. No frigir dos ovos, Dilma bateu sem parar. Aécio, por sua vez, também estapeou a candidata, mas usou exageradamente a gestão de Minas Gerais no discurso. Ambos citaram estatísticas erradas e distorceram números em seu favor.
A plateia parecia uma torcida de futebol. E Aécio contava com a maioria dos torcedores.
No fim, restou a impressão de que ninguém ganhou. E que os dois candidatos tinham razão em suas críticas.
O fato é que, neste embate, não tivemos um vencedor. Quem sabe haverá um ganhador nos próximos debates, que serão transmitidos pela Record e pela Globo.