A General Motors fechou acordo com metalúrgicos de sua fábrica em São José dos Campos (SP), em um passo que permitirá investimento da montadora na unidade de pelo menos R$ 5 bilhões, afirmou hoje (7) o sindicato local.
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O acerto foi feito após semanas de especulações em torno do futuro da fábrica, que tinha sido excluída de plano anterior de investimento da montadora, e em meio a planos de reestruturação da GM no mundo.
Entre os termos do acordo, estão congelamento de salários neste ano, reajuste abaixo da inflação em 2020 e renovação de acordos de flexibilidade de jornada de trabalho e folgas.
“Os metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos aprovaram em assembleia a proposta apresentada pela montadora como condição para a vinda de investimentos de pelo menos R$ 5 bilhões à fábrica local”, afirmou o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. “Com isso, fica selado o acordo em que a empresa se compromete a manter o complexo na cidade.”
Segundo a entidade, no acordo a GM desistiu de aumentar a jornada de trabalho de 40 para 44 horas semanais e adotar terceirização irrestrita na fábrica.
Procurada, a GM não confirmou o valor do investimento que teria sido prometido aos funcionários, segundo o sindicato, e apenas comentou em comunicado que o acordo com os trabalhadores “é mais um passo para a concretização do plano de viabilidade da GM” e que a empresa segue negociando com “fornecedores, governo e outros interessados”.
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No sábado (2), a montadora anunciou que estava negociando “condições de viabilidade” para investir R$ 10 bilhões no Brasil entre 2020 e 2024, após concluir desembolsos de R$ 13 bilhões entre 2014 e 2019.
Em janeiro, a GM afirmou que novos investimentos no país dependeriam de um doloroso plano para a empresa voltar a ter lucro no Brasil.
A montadora norte-americana encerrou 2018 na liderança de vendas de automóveis e comerciais leves no país, com emplacamentos de 434,4 mil veículos, um crescimento de 10% sobre o volume emplacado em 2017.