Brasil está entre os piores países para expatriados

6 de setembro de 2017

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A partir de consultas com mais de 13 mil expatriados de 166 nacionalidades vivendo em 188 países ou territórios, a rede global e site de informações para pessoas que vivem e trabalham no exterior InterNations elaborou a edição 2017 do estudo Expat Insider, conduzido para explorar as condições gerais de vida destes profissionais ao redor do mundo.

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O ranking com os 65 melhores destinos para os expatriados traz, no Top 3, Bahrein, Costa Rica e México. A liderança do Bahrein é vista com surpresa, uma vez que o país ocupava a 11ª posição na lista do ano passado. O principal motivo da rápida ascensão parece ser a facilidade que os expatriados relataram de se sentir em casa, graças à simpatia dos residentes locais, avaliada positivamente por 9 de cada 10 entrevistados. Mas isso não é tudo – cerca de 73% deles estão satisfeitos com seus trabalhos, índice maior do que os 64% registrados globalmente.

Costa Rica e México também estão no Top 20 em termos de satisfação ao trabalhar no exterior, mas são ainda melhor avaliados por sua população local extremamente amigável.

A afabilidade do povo brasileiro não passou despercebida na avaliação dos expatriados que aqui residem: em termos de simpatia, o país ocupa a 11ª posição do ranking. O clima local também agrada aos estrangeiros que vivem por aqui – 83% deles expressaram satisfação com esse quesito. “O clima é definitivamente a melhor parte de viver aqui”, explica um entrevistado irlandês. “Além do fato de, depois de seis anos aqui, eu ter feito amigos que consideraria da família.” Esses fatores podem explicar porque quase 70% dos expatriados consideraram fácil se adaptar à cultura local.

O Brasil é um dos países mais amigáveis do mundo, mas não parece ser um destino atraente para expatriados: a economia em crise permanece tendo impacto sobre emprego e condições de trabalho, o que faz com que seja difícil para os residentes construírem uma carreira. Mais de três a cada dez estrangeiros não estão satisfeitos com suas perspectivas profissionais ou com sua estabilidade no emprego.

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Além disso, a falta de segurança não apenas preocupa os expatriados, mas também motiva os próprios brasileiros a se mudarem para outros países. Quase sete de cada dez estrangeiros (68%) se sentem inseguros no Brasil, mais do que a média global de 57%. Cerca de 81% dos próprios brasileiros consideram sua segurança pessoal um ponto a ser levado em consideração quando o assunto é mudança. Nesse quesito, o país ocupa a 64ª posição, atrás apenas da Nigéria. Como resultado de tudo isso, o Brasil está no 62º lugar geral do ranking.

“Apesar de o Brasil ter muito a oferecer, incluindo cultura vibrante, clima perfeito e lindas paisagens, permaneceu entre os últimos dez destinos para expatriados nos últimos três anos. Sua economia em crise levou a más condições de trabalho, e expatriados não estão satisfeitos nem com seus empregos, nem com suas perspectivas de carreira”, explica Matle Zeeck, co-CEO da InterNations.

Os participantes avaliaram 43 aspectos diferentes da vida no exterior em uma escala de um a sete. As respostas desses fatores foram então combinadas em um total de 16 subcategorias, cujos valores foram utilizados para elaborar seis índices: qualidade de vida, facilidade de acomodação, trabalho, vida familiar, finanças pessoais e custo de vida.

Veja, na galeria de fotos, os 10 melhores e piores países para expatriados:

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