Chame de compra por pânico ou estocagem, mas, independente do nome, o coronavírus impulsionou a indústria de alimentos e bebidas. As 25 principais empresas do setor geraram US$ 815 bilhões em receita no ano passado, um pouco acima dos US$ 800 bilhões em 2019. Os lucros, por sua vez, aumentaram para US$ 91 bilhões, contra US$ 80 bilhões no ano passado.
A Nestlé é novamente a maior empresa de alimentos do mundo, mantendo-se no topo da indústria –com as vendas de seus alimentos congelados, como Hot Pockets, Stouffer’s e DiGiorno–, ao lado de marcas de café como Nespresso. O conglomerado com sede na Suíça tem 30% das vendas nos Estados Unidos e, por isso, acrescentou turnos extras aos funcionários de muitas de suas quase 70 fábricas nos país para atender ao aumento da demanda.
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O lucro da Nestlé no ano passado chegou a US$ 13 bilhões, um aumento de 30%. Esta é uma das principais métricas que a Forbes usa todos os anos para analisar empresas que farão parte da lista Global 2000 –a classificação abrangente das empresas de capital aberto mais poderosas do mundo, medida por uma pontuação composta de receita, lucro, ativos e valor de mercado. Na lista geral, a Nestlé ficou em 41º lugar, uma posição acima do ano passado.
A companhia com sede na Suíça foi brevemente destronada pela Anheuser-Busch InBev em 2018, mas ainda detém o título de principal empresa de alimentos há mais de uma década. Neste ano, a AB InBev ficou em segundo lugar, após registrar prejuízo de US$ 2 bilhões em vendas por conta dos impactos causados pelo fechamento de bares e restaurantes, e é seguida pela Pepsi em terceiro.
A Kraft-Heinz subiu para o oitavo lugar na categoria, visto que produtos industrializados têm tido sua popularidade renovada entre os clientes que procuram datas de validade mais amplas. A empresa ficou em 222ª na lista geral. O sucesso ocorre após um ano difícil, que incluiu uma redução de US$ 15 bilhões em suas marcas Kraft e Oscar Mayer, suspensão dos dividendos, divulgação de uma investigação da Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos (SEC, em inglês) por causa das suas práticas contábeis e nomeação de um novo CEO.
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