Menino de 16 anos larga a escola e cria impressora 3D barata

5 de novembro de 2014

Se você quer uma razão para largar a escola, Angad Daryani pode ser a inspiração que procura. Ele é um jovem de 16 anos que abandonou o 9º ano do fundamental, frustrado pelo que ele considera “aprendizagem mecânica”. Ele queria focar nas suas invenções. Não deu outra: construiu a primeira impressora 3D da Índia e, possivelmente, a mais barata do mundo.

Em 2013, ele desenvolveu um “olho-pad” para cegos em conjunto com a universidade norte-americana MIT. Quando era mais novo, montou um barco em miniatura movido a energia solar e criou um sistema que rega automaticamente as plantas do jardim. Ele tem uma longa lista de invenções – ou passatempos, como ele prefere chamar.

Largar a escola não significa parar de estudar. Ele passa seis horas por dia aprendendo matemática, ciências e línguas com um tutor. Nestes anos, Darvani realmente começou a descobrir soluções.

Parece fácil, mas, segundo o próprio indiano, não é tão simples assim. “Eu larguei a escola porque estava cansado do fato de que toda minha curiosidade era deixada de lado.” Ele conta que queria aprender fazendo e não memorizando. “Eu não parei de estudar e não recomendo essa opção para ninguém.”

O jovem empresário, usando sua técnica e suas habilidades, desenvolveu duas novas empresas, feitas para pessoas que gostam de criar e desenvolver novos projetos: a Sharkits que desenvolve produtos e de baixo custo. E a Sharkbot, uma impressora 3D também de baixo custo que dura mais do que as que estão disponíveis no mercado.

Embora estes possam ser empreendimentos comerciais de Daryani, ele é muito interessado em usar a tecnologia para resolver problemas sociais. No ano passado, ele apresentou o seu “olho-pad” para os cegos em uma Feira de Ciências do Google. Ele foi selecionado, entre 90 outros fabricantes no mundo.

O olho-pad converte o texto em Braille Roman em tempo real. Tradicionalmente, o cego tem que esperar até que os livros sejam convertidos em braille para eles lerem; isso pode se tornar o primeiro Kindle do mundo para os usuários Braille de seu tipo, diz Daryani.