Ela é peça-chave na estratégia de crescimento da joalheria mais famosa do mundo (os brasileiros são grandes compradores da marca em Miami, Nova York e Las Vegas, além das lojas locais), e grande especialista em gestão de marcas, habilidade que desenvolveu ao longo de sua carreira como executiva de negócios e marketing em grandes companhias de consumo, como Ambev, Diageo, Pepsico, Reckitt Benckiser, Redecard e Mundial.
Formada em administração de empresas pela FGV-SP, a executiva mostrou-se visionária desde cedo. Ainda na faculdade, de olho no universo da moda e do luxo, buscou uma pós-graduação no conceituado Fashion Institute of Technology, em Nova York. Ao concluir o curso focado em compras e merchandising, retornou ao país. O ano era de 1993 e a jovem se deparou com um Brasil recessivo e ainda pouco desenvolvido, pós-abertura recente do mercado às importações. Foi assim que ela enveredou para o setor de consumo e entrou como trainee na Ambev. “Foi muito bacana ter trabalhado lá, uma das minhas primeiras grandes escolas”, recorda.
Comandante da única filial do mundo a parcelar as compras em até dez vezes sem juros, Luciana tem como desafio quebrar a imagem de “proibitiva” que a Tiffany passa a alguns consumidores. Embora o mais exclusivo anel de noivado (Tiffany Setting) custe R$ 678 mil, é possível adquirir um pendente de coração em prata por R$ 355. “São 177 anos de história em um país onde a marca está presente há apenas 13 anos”, brinca. No futuro, ela não descarta a abertura de novas unidades no país.