Empresários criam pendrive que leva internet a locais de pobreza no Quênia

21 de maio de 2015

Divulgação

Mais de meio milhão de pessoas moram em Mathare, a segunda maior favela do Quênia. Como qualquer área empobrecida superlotada, falta de educação, emprego e crime são grandes problemas. O empresário israelense Nissan Bahar e seu parceiro Franky Imbesi estão usando uma solução para atingir as metas de curto e longo prazo em comunidades mais vulneráveis ​​do Quênia.

O Keepod, produto criado por Bahar e Imbesi, é um conceito simples: um pendrive que pode transformar computadores velhos em aparelhos novos por conta de sistemas operacionais armazenados em cartões de memória. O produto estava salvando clientes em cerca de 70% dos custos com desktops, e a um custo de € 80 cada, os empresários estavam conseguindo faturar um bom dinheiro.

Eles perceberam então que além de utilizar o produto no setor privado, eles poderiam aplicá-lo em países em desenvolvimento, apresentando-o como um PC de US$ 7. Hoje, os Keepods são distribuídos gratuitamente nas escolas e favelas onde as pessoas ganham menos de um dólar por dia.

“Olhamos para os custos de produção e acessibilidade do usuário final. Nossa meta principal é a classe média. Eles não podem pagar um computador, mas um Keepod de US$ 7 não é difícil de conseguir. Eles ganham cerca de US$ 10-20 por dia. Mesmo para aqueles que não são de classe média, com financiamento micro eles podem comprar”, contam.

Os vendedores são geralmente empresários que já atuam em quiosques, mas qualquer um pode abrir um ponto do Keepod. A única exigência é dois computadores no local, e conectividade com a internet, embora os Keepods possam sim trabalhar sem conexão.

Além disso, o site do Keepod permite contribuir com US$ 7 ou vários valores. Bahar e Imbesi lançaram projetos Keepod em outras partes do Quênia, África, Oriente Médio, Ásia e América Latina, na esperança de criar um impacto em relação a maneira como a internet é acessada nestes locais.