Ao todo, foram feitos apenas 160 exemplares, vendidos por R$ 300. Cinquenta revistas já tinham dono mesmo antes do lançamento oficial ontem (18), no Rio de Janeiro. Outro evento acontecerá nesta sexta-feira (19) em São Paulo.
Em entrevista a FORBES Brasil, Bispo conta que o projeto não tem fins comerciais, o objetivo é criar algo que ele goste, do jeito dele. Além disso, o fotógrafo revelou que pretende fazer quatro exemplares por ano, uma a cada trimestre.
FORBES Brasil: Qual o propósito do novo projeto?
Jorge Bispo: Poder fotografar o tema a minha maneira. Eu tenho uma carreira já consolidada, atuo muito no mercado editorial também . Já fiz muita capa de Playboy, Trip, VIP e de uns tempos pra cá eu tenho cada vez mais vontade de fazer as coisas do meu jeito. Porque por mais que eu já tenha liberdade quando eu faço revista, é do gosto do cliente. Agora eu estou fazendo algo meu, do meu jeito, sem ninguém por trás. O propósito é esse: poder criar, poder criar de verdade.
FB: Qual o motivo da tiragem ser mínima e o preço alto?
FB: Por que a Bruna foi escolhida para ser a primeira modelo da revista?
JB: Eu já tinha uma empatia por ela. Ela é uma mulher muito bonita e ela sempre me passou uma imagem de que, apesar de ser uma pessoa ligada à Rede Globo, um lado mais comercial da atuação, ser muito instigada por projetos diferentes e não comerciais, como cinema, teatro. É uma pessoa que não está acomodada nessa posição de celebridade e comercio da imagem. Ela tem os requisitos, tem a beleza, mas é uma atriz, uma menina que se deixa levar pela arte, o que é cada vez mais raro.
FB: A Bruna Linzmeyer posou sem cachê. Como isso aconteceu?
FB: Por que o namorado da atriz, Michel Melamed, foi o escolhido para fazer os textos da publicação?
JB: Um único texto foi escrito pelo Michel e ele foi escolhido por ela. Eu perguntei quem ela gostaria que escrevesse e ela falou que gostaria que fosse o Michel.
FB: A pessoa que participa do ensaio tem uma opinião, interfere na publicação?
FB: Você acha que o fato de as fotos não terem nenhum tipo de alteração, como uso do Photoshop, atrai o público?
JB: Não, não necessariamente. Acho que tem a ver um pouco com a minha estética, com o que ela queria fazer. Eu não sou contra o Photoshop. É que, por acaso, meu livro foi muito falado por não ter uso do Photoshop e também virou um programa de TV… Mas não é que eu seja contra o Photoshop. Eu faço publicidade e ai tem Photoshop pesado. Eu faço editorial e sempre tem um pouco de Photoshop. Eu acho feio esteticamente quando fica muito carregado. As pessoas acham que o Photoshop que inventou a manipulação de fotos, mas não. Ele é só uma ferramenta para a foto digital hoje.
FB: Como o projeto influencia na sua carreira?
FB: Qual o futuro do projeto?
JB: A minha ideia é fazer quatro por ano, uma a cada três meses, então eu já tenho fechada a número dois, vou fotografar em julho e já tem apalavrada a número três também.
FB: Serão só mulheres ou homens também?