Em seu mais de 1 milhão de metros quadrados espalhados por cerca de 100 cidades de 17 estados brasileiros são feitas um total de 180 milhões de compras por ano (somatória dos tíquetes emitidos nos check-outs durante o ano). Geograficamente, metade da vendas dessa bandeira concentra-se no estado de São Paulo.
No momento em que o mundo discute o futuro do hipermercado, chegando a prever até sua morte, o GPA está aportando R$ 100 milhões na bandeira Extra em 2015, valor usado, dentre outras ações, na reforma e modernização das lojas de grande porte, com tamanho médio de 5 mil a 6 mil metros quadrados. Há, ainda, unidades como a do Extra Morumbi, o maior hipermercado do país, com 14.000 metros quadrados, 80 mil itens à venda, 1,5 mil vagas de estacionamento e 52 caixas. Toda essa estrutura funciona 24 horas por dia.
os alimentos, reduzir o consumo de energia e também o clima gélido de quem transita pelos corredores.
E isso não é tudo. Duas “lojas-conceito” foram criadas dentro do hipermercado. A primeira busca aproveitar o ascendente mercado de dispositivos móveis que, após anos de crescimento, continuará avançando dois dígitos em 2015. Em uma área de cerca de 25 me-tros quadrados, o consumidor encontra uma farta quantidade de aparelhos, de Apple a Samsung, e atendentes que habilitam o serviço na hora em qualquer uma das quatro principais operadoras. “A oferta de um ambiente dedicado e de funcionários treinados levou o projeto-piloto, realizado em seis lojas, a triplicar as vendas de aparelhos”, garante Cadillat. Em outra área do hipermercado, uma seção especializada em colchões e boxes chama a atenção pelo show-room composto por 30 produtos, além de um catálogo eletrônico com 90 itens. Essas mudanças todas levam Cadillat a decretar que “o modelo de hipermercado não morre, se transforma”.
As mudanças implantadas na maior unidade do Extra foram replicadas, no início de maio, em nove lojas. Até o fim do mês, serão 20 hipermercados reformados, chegando a 50 no final do ano. E isso não é tudo. Na missão de levar cada vez mais clientes para dentro do Extra, foi criado um modelo no qual o consumidor pode efetuar a compra de qualquer produto não alimentar pelo site da bandeira e retirá-lo em qualquer um dos 224 hipermercados cadastrados.
Já no caso de perecíveis, também dá para adquirir 60 itens pela internet e retirá-los com hora e data marcada em um hipermercado. Batizado de Retire Aqui, uma espécie de drive-thru, ele opera atualmente, em fase de piloto, em duas unidades do Extra (Morumbi, em São Paulo, e Barra, no Rio de Janeiro). “Na França, o Casino tem mais de 17 mil pontos de retirada de pedidos”, conta.