VW estima prejuízo de US$ 2,19 bilhões após escândalo de irregularidade nas emissões de CO2

4 de novembro de 2015

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O grupo Volkswagen admitiu ontem (3) ter identificado irregularidades na demonstração das emissões de dióxido de carbono (CO2) de quase 800.000 de seus veículos. A montadora alemã estima que o prejuízo por conta do problema será de dois bilhões de euros (aproximadamente US$ 2,19 bilhões).

Ainda não está claro de onde vem o cálculo do prejuízo, que pode ser o custo que a empresa estima que terá para consertar os carros ou o prejuízo decorrente das perdas em vendas e de multas, entre outros fatores.

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A declaração da Volkswagen parece confundir mais do que esclarecer, ainda que o novo CEO da VW tenha dito que “esclarecimentos severos e compreensivos são a única alternativa”.

Em suas investigações internas, a Volkswagem descobriu que 800.000 veículos tinham erros de classificação em suas taxas de emissão de CO2. No entanto, a montadora não diz explicitamente se esses 800.000 veículos fazem parte dos 11 milhões ao redor do mundo que já estão envolvidos nessa questão ou se são um conjunto adicional.

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Na segunda-feira (2), a Agência de Proteção ao Meio Ambiente dos Estados Unidos (EPA) anunciou a descoberta de irregularidades nos dispositivos de motores V6 3.0 a diesel, o que poderia explicar o atual escândalo por trás dos motores menores que já estão sendo analisados.

Ainda que a Volkswagen não tenha identificado de quais marcas são os veículos que estão envolvidos no escândalo, a empresa afirma que “a segurança dos veículos não está comprometida”.

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Entenda o caso:

Em setembro, veio à tona que a empresa manipulou os resultados dos testes de emissões de poluentes para alguns de seus novos veículos a diesel. A montadora alemã assumiu a fraude, o que abalou a indústria automotiva e colocou a montadora alemã na berlinda. O então CEO Martin Winterkorn deixou o cargo e as ações da empresa despencaram. Atualmente, a Volkswagen está enfrentando um processo da Agência de Proteção ao Meio Ambiente dos Estados Unidos (EPA). O órgão calculou que, com um software que desligava os medidores durante os testes, os novos carros à diesel da empresa poluem 40 vezes mais do que o permitido pela lei norte-americana.