Com 47% do faturamento oriundo de fora do Brasil em 2015, a companhia trabalha há dois anos para aumentar essa fatia. No prazo de três a cinco anos, a BRF espera que a produção no exterior cresça dos atuais 6% para o patamar de 20%. O principal objetivo dessa meta é deixar a companhia mais próxima de seus mercados, para vencer o que considera o seu grande desafio: adequar-se aos gostos locais.
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“O primeiro passo, na nossa estratégia, foi fortalecer o protagonismo e a autonomia dos negócios locais. Hoje, a BRF opera em seis regiões — África, Ásia, Brasil, Europa, Latam e Oriente Médio. Como possuem peculiaridades distintas, as regiões contam com times exclusivos e integralmente dedicados a entender a realidade e os desejos
dos consumidores”, aponta Pedro Faria, CEO global da BRF. “Uma vez imersos na cultura local, os times conseguem estabelecer prioridades comerciais, adequando-as sempre que preciso. Dessa forma, nos aproximamos do consumidor e garantimos a expansão de um portfólio que atenda ao paladar local.”
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Um exemplo desse movimento, aponta Faria, é a fábrica do grupo em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Lá, a
empresa produz salsichas, pizzas, empanados e marinados. Toda a proteína utilizada na produção desses alimentos parte do Brasil. Já os temperos, são obtidos com fornecedores locais. A fórmula deu tão certo que recentemente a BRF anunciou a ampliação da produção local de 72 mil toneladas para 100 mil toneladas até o fi m deste ano.