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Jamie cresceu na indústria da beleza. Quando era criança, seu pai, Terry James, médico dermatologista, investiu em um laboratório e produziu substâncias de cuidado para a pele, como o retinol, para empresas globais de produtos de beleza. Antes ainda de se tornar adolescente, ela se juntou ao pai nas viagens de trabalho.
Em 2012, Jamie começou a desenvolver o aparelho GloPro. Foram necessários quatro anos para chegar à perfeição“O ponto crucial é ter as substâncias certas, na concentração correta, entregues para os clientes apropriados. Ter esses três elementos consistentes e fórmulas cuidadosamente escolhidas é o que nos diferencia”, afirma. “Infelizmente, este não é o caso de muitos produtos. Algumas empresas se importam mais em manter seus custos baixos e fazer uma propaganda exagerada sobre as substâncias ativas do que qualquer coisa.”
Em 2008, Jamie decidiu desenvolver uma linha melhor de cuidados para a pele. Formou, então, uma parceria 50/50 com o pai e cofundou uma marca orgânica chamada Organicare. A ideia fracassou. De acordo com ela, os consumidores não conseguiam diferenciar, com facilidade, o que era orgânico e o que era natural. Além disso, com a recessão no país, os gastos com itens de luxo caíram significativamente.
Pai e filha começaram de novo, alterando o nome da empresa para Beauty Bioscience e, desta vez, utilizaram poderosas substâncias antirrugas de ponta. A nova empresa foi lançada em 2011 no canal de compras “HSN”, com a oferta do produto noturno RetinoSyn-45 – um tratamento de 45 dias no qual a concentração de retinol ia aumentando gradativamente. O preço era US$ 200. Conforme a empresa foi crescendo, outros produtos foram acrescentados ao portfólio, como um soro diário antienvelhecimento, um protetor solar hidratante, cremes e uma loção de limpeza.
Em 2012, Jamie começou a desenvolver o aparelho GloPro. Foram necessários quatro anos para chegar à perfeição, pois a empresa precisou testar cuidadosamente o número de agulhas, em grupos de dez, até chegar a 800. Estabeleceu-se, então, que o ideal seriam 540 agulhas – o suficiente para reduzir em até 30% as rugas sem provocar muita dor. (Este índice de redução aplica-se a mulheres entre 41 e 64 anos para usos de um minuto, três vezes por semana.) “A pele é hermética, ou seja, não permite a passagem de ar. Como, então, as substâncias antienvelhecimento penetram? Nós gastamos muito dinheiro, ano após ano, em produtos extremamente caros que não fazem efeito nenhum”, afirma ela, defendendo sua criação em seguida. “Nós aplicamos os ingredientes onde sabemos que funciona. A absorção é 200 vezes melhor”, diz ela, referindo-se à comparação com a parte superficial da pele.
A grande chance da empreendedora chegou em 2015, quando a empresa de marketing Guthy Renker (conhecida pelo tratamentos de acne Proactiv e Cindy Crawford’s Meaningful Beauty, entre outros) concordou em investir uma quantidade não revelada de dólares em troca de uma participação minoritária no negócio. A operação ajudou Jamie a lançar a GloPro no ano seguinte na televisão. Desta vez, entretanto, ela se certificou de simplificar a mensagem, já que temia que o novo produto sofresse com a falta de consumidores pela Pro sofresse com a mesma falta de entendimento dos consumidores que havia afetado sua linha de produtos orgânicos para a pele anos antes. O aparelho divide as células da pele para estimular a produção de colágeno, ao mesmo tempo em que cria um canal para as substâncias antirrugas alcançarem aquelas que precisam de mais ajuda. “Nós sabíamos que éramos bem-sucedidos na área dermatológica, mas todo mundo precisava entender como isso funciona”, explica.
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Vendido atualmente por varejistas como Neiman Marcus, Bergdorf Goodman e Nordstrom, o produto passará a ser comercializado também por Harrods e Sephora ainda este ano. Nos últimos dois meses, a Guthy-Renker revelou que outros dois programas de televisão vão promover a Beauty Bioscience, um para o tratamento de 45 dias de retinol e outro para o GloPro. A força destes programas pode ser um multiplicador para a marca, afirma Jamie. “Quando você tem o megafone, o céu é o limite”, diz. Projeções internas mostram que a receita poderia dobrar novamente até o final de 2017, para US$ 60 milhões.
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Tudo isso se soma à fortuna de sua participação de, aproximadamente, 40% na startup de beleza que FORBES, de forma cautelosa, estima em US$ 50 milhões. Jamie O’Banion é uma pessoa com potencial que pode, futuramente, estar entre as empreendedoras mais ricas dos Estados Unidos.