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Batizado como Nubank Rewards, o programa inclui apelos para atrair clientes insatisfeitos com práticas comuns dos programas de fidelidade no mercado que dificultam a conversão de pontos nas recompensas mais desejadas, como passagens aéreas e hospedagens.
O Nubank também usa um critério diferente para a conversão de compras no cartão em recompensas, de um ponto a cada real, em vez de dólar, a prática mais comum. E o acúmulo de recompensas é instantâneo, mesmo para compras parceladas.
Desenvolvido no Brasil por companhias aéreas há cerca de duas décadas, os programas de recompensas no país ainda são dominados por suas subsidiárias, a Multiplus, da Latam, e a Smiles, da Gol.
Mais recentemente, a aérea Azul também lançou seu programa de fidelidade, o Tudo Azul. E o setor financeiro fez sua estreia no mercado no ano passado por meio da Livelo, controlada por Banco do Brasil e Bradesco.
Com isso, as empresas do setor têm agido para evitar a perda de clientes para rivais, alongando o prazo de validade dos pontos ou ampliando o cardápio de recompensas, especialmente com produtos de menor valor nominal, que atendem especialmente clientes que gastam menos nos cartões de crédito.
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Nesse sentido, o Nubank preferiu uma abordagem distinta. A própria cobrança para participar do programa, de R$ 190 por ano, revela o foco em clientes para os quais o programa de recompensas simplesmente não faz sentido.
A iniciativa mostra mudança no enfoque usado pelo Nubank. Desde que surgiu há três anos, a plataforma digital de cartões usou a isenção permanente de tarifas como seu principal instrumento de venda.
Apesar de o programa de recompensas ser pago, Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank, negou que o foco do banco com a iniciativa seja ampliar receitas para atingir a lucratividade.
Sem cobrar tarifa, a única fonte de receitas do Nubank é o chamado interchange, taxa paga por lojistas que é dividida entre a credenciadora, a bandeira e a emissora do cartão.
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Com recursos de investidores, até agora o Nubank tem conseguido ampliar a base de clientes de forma acelerada sem ter que se preocupar em atingir a lucratividade apressadamente. O banco não revela números atualizados, mas diz que já superou há algum tempo a marca de 1 milhão de clientes.
A empresa captou mais de US$ 180 milhões em cinco rodadas, de investidores como Sequoia Capital, Kaszek Ventures, Founders Fund, DST Global e Tiger Global.
Na semana passada, o Nubank anunciou ter contratado o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco como um assessor estratégico, inclusive para desenvolver novos produtos.