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Além da questão das hidrelétricas, a demora na venda de ativos pela Cemig também pesou na decisão do governo de Minas, disse uma das fontes, na condição de anonimato.
Procurada para comentar o assunto, a Cemig negou a informação, por meio de sua assessoria de imprensa. Não foi possível falar com Alvarenga e com os outros executivos, Dimas Costas, Cesar Vaz e Maura Galuppo Martins, que também devem sair. A assessoria de imprensa do governo mineiro também disse que a informação “não procede”.
As ações ordinárias e preferenciais da Cemig aumentaram as perdas, atingindo seus menores níveis em cerca de três meses. Ambas as ações acumulavam quedas de 7% e 3% neste ano, respectivamente.
O desempenho de Alvarenga como presidente da terceira maior elétrica brasileira tem sido “decepcionante”, disse a fonte, citando o que seria a opinião de autoridades como o governador mineiro, Fernando Pimentel.
Pimentel escolheu Alvarenga para comandar a Cemig em dezembro do ano passado, com o objetivo de acelerar um ambicioso programa de redução de dívida e venda de ativos que até o momento não decolou.
Segundo a fonte, o grupo de potenciais candidatos para a substituição de Alvarenga está sendo definido, e o favorito é o ex-presidente da Rodobens Negócios Imobiliários Mauro Meinberg. Procurado por telefone, Meinberg não foi localizado para comentar o assunto.
A insatisfação com Alvarenga e outros executivos da Cemig cresceu nas últimas semanas, depois que a sócia do governo mineiro na Cemig, a Andrade Gutierrez, anunciou a decisão de vender sua fatia na companhia, disse a fonte.
Vaz é diretor de desenvolvimento de novos negócios da Cemig, que gerencia a estratégia da companhia para fusões e aquisições. Dimas Costa é o diretor comercial, enquanto Maura Galuppo Martins é diretora de recursos humanos.