Itaúsa pode entrar em consórcio para compra da Braskem

26 de setembro de 2017
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A Itaúsa já detém ativos no ramo petroquímico por meio da Elekeiroz (iStock)

A Itaúsa pode avaliar a possibilidade de participar em um consórcio para compra de participação na petroquímica Braskem, disse nesta terça-feira (26) o presidente-executivo da holding controladora do Itaú Unibanco, Alfredo Setubal. “Investir sozinhos não, porque precisa de muito dinheiro, mas podemos avaliar a participação em um consórcio”, disse Setubal a jornalistas durante evento do grupo com analistas e investidores.

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De acordo com o executivo, a Itaúsa tem de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões por ano para novos investimentos em ativos não ligados ao setor financeiro, e que está sempre atenta a novas oportunidades, embora não planeje novas compras em 2017.

Neste ano, a Itaúsa já comprou o controle da fabricante de calçados Alpargatas e uma fatia minoritária na empresa de gasodutos NTS. Além disso, chegou a negociar com a Petrobras a compra de uma fatia na BR Distribuidora, mas as conversas não evoluíram porque a petrolífera decidiu abrir o capital da subsidiária.

Por outro lado, a Petrobras tem dado sinais de que pode se desfazer de sua fatia minoritária na Braskem, da qual é sócia com a Odebrecht. A Itaúsa já detém ativos no ramo petroquímico por meio da Elekeiroz.

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Segundo Setubal, com o ciclo de queda dos juros no país, e a consequente diminuição do custo de capital das empresas, a expectativa da Itaúsa é de que surjam muitas novas boas oportunidades de investimento nos próximos anos.

A orientação central do grupo para novas aquisições será para ativos nos quais a Itaúsa possa ter uma participação relevante, que sejam empresas já conhecidas no mercado e que proporcionem bons dividendos. “Não queremos reduzir o nível médio de lucratividade do grupo”, disse Setubal.