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Amos Genish, que também é ex-capitão do exército de Israel, foi promovido apenas dois meses depois de ter sido nomeado gerente geral de operações da companhia de telefonia italiana, onde o grupo francês de mídia Vivendi detém uma participação de 24%.
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Genish assume o comando da Telecom Italia em uma fase na qual a empresa está batalhando em várias frentes: o negócio de telefonia fixa está perdendo valor, novos concorrentes em banda larga e telefonia móvel estão surgindo e sua única operação internacional, a TIM no Brasil, está lidando com a fraqueza da economia do país.
O predecessor de Genish, Flavio Cattaneo, tinha lançado uma estratégia de corte de custos, aumento de lucratividade e incremento da agilidade no processo de competição. Ele conseguiu que os negócios da empresa na Itália voltassem a crescer e ampliou investimentos em banda larga e infraestrutura de comunicações móveis.
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Genish é o terceiro presidente-executivo da Telecom Italia em menos de dois anos, o que faz os investidores se questionarem qual o objetivo final da Vivendi para a companhia: usar a operadora como pilar para um plano de criar um império de mídia no sul da Europa ou um ativo a ser negociado na próxima onda de fusões da indústria europeia de telecomunicações.
O relacionamento de Genish com a Vivendi é antigo. O executivo vendeu a GVT para o grupo francês em 2009 e, cinco anos depois, convenceu Bolloré a vender a operadora brasileira para a Telefónica, obtendo um ganho de capital de US$ 4 bilhões para o grupo francês.