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A companhia, que pretende crescer no país em um ritmo mais forte do que globalmente, tem projetos de energia solar e eólica de cerca de 600 MW nos Estados da Bahia e Minas Gerais, sendo 350 MWs já em operação e comissionamento e outros 250 MWs em construção, cujos investimentos totais são estimados em R$ 3 bilhões.
O Brasil, de acordo com o executivo, é um dos oito países considerados prioritários para a EDF EN na sua estratégia de expansão global. O crescimento em renováveis da EDF EN também focará Grã-Bretanha, Índia, China, França, Estados Unidos, África do Sul e Turquia. “O Brasil é complexo, o que nos obriga a fazer uma ginástica e um pragmatismo grande, mas não tem lugar fácil no mundo”, comentou o executivo.
Abranches destacou que a expansão da capacidade no Brasil será orgânica. Segundo ele, aquisições de empresas não fazem parte do DNA da companhia e só são consumadas quando há uma grande oportunidade. “Quando acharmos que faz sentido, podemos fazer, mas só se for uma oportunidade tática… mas comprar ativos operacionais não é o nosso DNA porque somos industrial e não um investidor financeiro…”
PETROBRAS E ELETROBRAS
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Ele fez comentários ao ser questionado sobre interesse da EDF no grande programa de desinvestimentos de US$ 21 bilhões da Petrobras para o biênio 2017/2018.
Um outro executivo da EDF salientou ainda que a empresa não tem interesse no processo de privatização da estatal brasileira Eletrobras e acredita que o modelo desenhado pelo governo não é voltado para empresas do setor. “Será uma operação para investidores financeiros e não para companhias do setor”, ressaltou o vice-presidente da EDF para Brasil, Yann des Longchamps. “Achamos que o Brasil tem um grande mercado e a economia está crescendo de novo, e o crescimento deve puxar o consumo. É um país com potencialidades”, destacou.