Nissan reduz previsão de lucro anual

8 de novembro de 2017
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Os resultados foram afetados por um acordo de vários milhões de dólares ligado ao recall de veículos com airbags defeituosos (iStock)

A Nissan Motor reportou o menor lucro trimestral em três anos e reduziu suas perspectivas anuais, prejudicada pelo aumento das despesas no competitivo mercado norte-americano e por custos decorrentes de procedimentos de inspeção inadequados no Japão.

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A Nissan havia suspendido a produção doméstica de veículos para o mercado japonês por três semanas depois de revelar, em outubro, que técnicos não certificados estavam fazendo inspeções finais de modelos por décadas. O escândalo levou a um recall de 1,2 milhão de veículos.

A montadora japonesa previu lucro operacional de 645 bilhões de ienes (US$ 5,67 bilhões) para o ano fiscal que se encerra em março, quase 6% abaixo da estimativa anterior de 685 bilhões de ienes e queda de 13% em relação ao ano anterior.

Enquanto a segunda montadora do Japão retomou a produção de veículos para o mercado doméstico em todas as seis unidades de montagem desde esta quarta-feira (8), o escândalo impactou a perspectiva de lucro em uma filial que opera duas das fábricas.

A Nissan Shatai cortou a previsão de lucro líquido anual em 44% para 5,4 bilhões de ienes, para justificar uma perda especial de 4,5 bilhões de ienes para pagar as inspeções dos carros que retornaram as fábricas.

A Nissan disse que os procedimentos de segurança prejudicarão as vendas domésticas de outubro a novembro, mas que as vendas se normalizarão no final de dezembro.

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No segundo trimestre, a montadora teve queda de 21,6% no lucro operacional, para 128,5 bilhões de ienes, o menor desde o período de abril a junho de 2014 e abaixo das previsões de analistas de 171,5 bilhões de ienes, segundo a Thomson Reuters I/B/E/S.

Os resultados foram afetados por um acordo de vários milhões de dólares ligado ao recall de veículos com airbags defeituosos da Takata. Além disso, deu descontos agressivos para atrair clientes nos EUA, onde a demanda migrou de sedãs para utilitários esportivos maiores, que elevaram as despesas.