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O BB anunciou hoje (22) que seu lucro líquido ajustado somou R$ 3,188 bilhões no quarto trimestre, salto de 82,5% ante mesmo período de 2016. O lucro contábil avançou 222,7%, a R$ 3,108 bilhões.
Contudo, o banco seguiu colhendo os frutos da campanha de forte contenção de gastos implementada pelo presidente-executivo Paulo Caffarelli, desde que assumiu em maio de 2016.
Em uma frente, a despesa de outubro a dezembro com provisão para perdas esperadas com calotes somou R$ 5,6 bilhões, recuo de 24,7% ano a ano e de 10% ante o trimestre anterior. Foi o menor volume desde o terceiro trimestre de 2015.
Esse movimento acompanhou o índice de inadimplência acima de 90 dias, que caiu 0,2% sobre o trimestre anterior, para 3,74% no trimestre, embora ainda tenha ficado 0,45% acima do último trimestre de 2016.
Além disso, a despesa administrativa, incluindo pagamento de salários, foi de R$ 8,24 bilhões no trimestre, montante 4,4% menor do que um ano antes, na esteira de um ajuste que envolveu o fechamento de 660 agências e um programa de demissão voluntária de quase 10 mil empregados ao longo de 2017.
Por fim, o BB conseguiu um avanço de 6,6% de suas receitas com tarifas, para R$ 6,74 bilhões. O aumento foi de 2,6% contra o trimestre imediatamente anterior.
Com isso, o retorno do BB sobre o patrimônio líquido, que mede como um banco remunera o capital de seus acionistas, deu um salto de 5,3% contra o último trimestre de 2016, chegando a 12,5% em termos ajustados. No critério contábil, o salto foi de 9,1 pontos, a 13,6%.
Para este ano, o BB previu que terá lucro ajustado de R$ 11,5 bilhões a R$ 14 bilhões, aumento frente aos R$ 11,1 bilhões registrados em 2017, mesmo com estimativa de fraco crescimento da carteira interna de empréstimos, de 1% a 4%.
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Isso porque o BB previu que sua despesa com provisão para perdas com inadimplência, líquida de recuperação, cairá em 2018 para a faixa de R$ 16 bilhões a R$ 19 bilhões, depois de ter sido de R$ 20,1 bilhões no ano passado.